Direitos do Trabalhador

Lira afirma que não há como propor ‘solução a curto prazo’ para substituir auxílio

Há apenas dois dias, Bolsonaro cobrou apoio da bancada ruralista a Arthur Lira; governo descarta prorrogação do auxílio

O candidato à presidência da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) afirmou esta semana que não existe cenário para propor “solução a curto prazo” para substituir o auxílio emergencial. O programa do governo foi criado em 2020 e começou a ser pago em abril. O pagamento foi finalizado em dezembro do ano passado. Os beneficiários eram trabalhadores informais, autônomos, microempreendedores individuais (MEIs) e desempregados.

Com o fim do auxílio, milhões de brasileiros devem ficar sem renda e desamparadas durante a pandemia do novo coronavírus. Um total de 2,9 milhões de domicílios, ou 4,3% dos lares do país, viveram apenas com o pagamento do auxílio em novembro. O dado foi divulgado após pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O fim do auxílio deve ser sentido principalmente nas regiões Norte e Nordeste.

A declaração de Lira foi dada durante sua agenda de campanha. Ele afirmou que defendeu o auxílio em 2020 e procura uma alternativa para o seu fim. O governo de Jair Bolsonaro tem afirmado várias vezes que não pretende prorrogar o programa.

“A gente está cuidando da causa quando não cuidou do problema lá atrás. E volto a dizer o que disse aqui. Cobrei 2020 inteiro para que arrumássemos uma solução, com a PEC do Orçamento de Guerra em vigor. Eu não sou mágico. A gente não tem como propor uma solução a curto prazo”, afirmou Lira.

“Com a PEC Emergencial, que nós temos de tratar ela sem versão, cuidando de tratar de maneira bem detalhada, ela vai nos abrir a possibilidade orçamentária de criar um programa como esse”, continuou. Para ele, a aprovação da PEC Emergencial ativaria gatilhos e impediria o grande endividamento do governo.