A linguagem coloquial é a forma de se comunicar em situações que não exigem formalidade, como uma conversa entre amigos, no supermercado, na padaria, na farmácia, na praia, etc. Por isso, é também chamada de linguagem popular. É, ainda, a linguagem adotada para as conversas nas redes sociais e em aplicativos de mensagens.
O propósito da linguagem coloquial é tornar o diálogo mais rápido, espontâneo e de fácil compreensão entre as pessoas envolvidas. Assim, quando alguém diz “me espere às 18h50, no metrô” está usando a linguagem coloquial, pois na forma culta da língua fala-se “espere-me às 18h50, no metrô”.
Contudo, a linguagem coloquial vai além da oralidade. Ela também é usada na escrita, por exemplo, em mensagens de texto para alguém íntimo por meio de e-mail ou WhatsApp.
São características da linguagem coloquial:
Uma dúvida muito comum é sobre quando usar a linguagem coloquial e culta. Ambas são duas formas de comunicação corretas, portanto aceitas na Língua Portuguesa. Contudo, apresentam usos que exigem adequações para diferentes situações.
A linguagem coloquial é a mesma que a informal, assim, é utilizada nas conversas do dia a dia, entre pessoas que têm certa intimidade. Normalmente, é empregada na fala mas também aplica-se à escrita, embora não seja tão aceita quanto na oratória.
Culta | Coloquial |
Utilizada em situações profissionais, acadêmicas, sérias ou quando não existe familiaridade entre os interlocutores. | Utilizada em situações mais descontraídas, quando existe uma familiaridade entre os interlocutores. |
Segue as normas da gramática. | Não segue as normas gramaticais, sendo comum o uso de gíria e variações linguísticas. |
Usa um vocabulário extenso e com palavras pronunciadas corretamente. | Usa palavras abreviadas, como “vc”, “cê” e “tô”. |
Embora a leitura esteja associada ao padrão culto da língua, alguns escritores famosos aderiram ao uso da informalidade em seus textos.
Ariano Suassuna, Oswald de Andrade, Adélia Prado, Carlos Drummond de Andrade são exemplos de escritores que usaram a linguagem coloquial em alguns dos seus trabalhos.
Abaixo, tem-se destacado trechos de dois poemas famosos em que os autores usam a linguagem coloquial. Veja!
Com licença poética – Adélia Prado
Quando nasci um anjo esbelto, desses que tocam trombeta, anunciou:
Vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher, esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem, sem precisar mentir.
Não tão feia que não possa casar, acho o Rio de Janeiro uma beleza e ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas, o que sinto escrevo. Cumpro a sina. Inauguro linhagens, fundo reinos — dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree, já a minha vontade de alegria, sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida, é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
Pronominais – Oswald de Andrade
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
Dos primórdios das interações humanas até a atualidade, diversas formas de comunicação foram adotadas para informar e expressar a identidade de um povo.
Acredita-se que houve uma evolução da linguagem humana desde a época em que viviam os povos ancestrais. Atualmente, a espécie humana tem entre 3.000 e 6.000 línguas, segundo estimativas, número que foi diminuindo com o passar das gerações.
Assim, a linguagem é o traço humano único, uma faculdade inata, geneticamente codificada, vista como um sistema cultural que pode ser aprendido por meio da interação social.
A linguagem é o sistema de sinais usados para a comunicação e pode ser classificada como. Nesse contexto, existem dois tipos de linguagem: verbal e não-verbal.
É quando ocorre a transmissão de informações por meio da linguagem oral ou escrita. Para que exista uma boa comunicação verbal é necessário que haja clareza das mensagens passadas.
Para haver uma boa comunicação, o interlocutor e receptor da mensagem precisam estar em um mesmo nível de conhecimento. Nesse contexto, formam-se as gírias, as variações socioculturais e demais variações linguísticas.
Esse tipo de comunicação é imediatista e trata-se da forma mais comum de comunicação nas relações interpessoais. A comunicação verbal escrita é considerada como um marco evolutivo que possibilitou a transmissão do conhecimento humano, além da oralidade.
Antigamente, nas sociedades limitadas de conhecimento sobre a escrita a comunicação era passada de forma oral. Foi a partir do desenvolvimento da comunicação pela escrita que o homem passou a contar com uma memória que o possibilitou de passar o conhecimento intelectual de geração para geração.
É a comunicação feita por meios que não são palavras mas, sim, elementos figurativos como placas de trânsito, linguagem corporal, gestos, cores, objetos etc.
As expressões faciais funcionam como linguagem não-verbal, uma vez que revelam as emoções e o seu estudo de espírito do interlocutor ou receptor. Por isso, durante uma comunicação, a expressão facial deve ser coerente com o discurso.
A postura da pessoa também é um indicativo do estado emocional. Assim, em situações como apresentações, por exemplo, recomenda-se adotar uma postura neutra com pernas e ombros paralelos ao corpo e cabeça paralela ao chão.
A comunicação visual também é um tipo não-verbal, em que símbolos gráficos como logotipos e ícones, constituem-se, basicamente, de formas, cores e tipografia. Assim, um semáforo comunica através das suas cores e um apito sinaliza por meio do ritmo do som emitido.
Nesse cenário, as novas tecnologias também têm contribuição para a comunicação. Com elas, surgiram novos gêneros textuais e novas formas de comunicar.
Por isso, cada vez mais as tecnologias estão utilizando imagens estilizadas para complementar a fala ou estabelecer a comunicação entre pessoas que falam idiomas diferentes ou encontram-se impossibilitadas de falar.