Aprender as regras gramaticais da Língua Portuguesa não é a tarefa mais fácil de todas. Nunca foi. Porém, o novo acordo ortográfico está aí para provar que nossa forma de comunicação está em constante evolução.
Se você está estudando para Concursos Públicos, é importante atentar-se a essas novas regras e as famosas “pegadinhas” nas provas. Alistamos abaixo quatro regras importantíssimas sobre o novo acordo ortográfico.
Regra n° 1 – Oxítonas e Monossílabos
As regras de acentuação mudaram bastante no novo acordo ortográfico. Prova disso são as mudanças em acentos das oxítonas e monossílabas. De acordo com a regra antiga, ambas levavam acentos nas mesmas situações, porém com regras diferentes.
Agora mudou. Embora elas continuem levando acento nas mesmas situações, a Gramática considera ambas como parte da mesma regra.
Vamos ver um exemplo na prática?
Pé (monossílaba) e café (oxítona acentuada) – Ambas levam acentos e a banca pode tentar confundir os candidatos, afirmando (segundo a regra antiga), que elas levam acentos por regras diferentes. A ALTERNATIVA ESTÁ INCORRETA.
Agora elas fazem parte da mesma regra e isso pode ser usado para confundir o candidato.
Regra n° 2 – Uso do Hífen
Embora o uso do hífen sempre foi um dos temas mais difíceis entre todos os conteúdos de gramática para concursos, o novo acordo ortográfico facilitou bastante a vida dos concurseiros.
Ei as novas regras:
Entretanto, esta última regra tem exceções. Veja:
LEMBRETE: quando o R ou S “se encontram”, continuam separados. Exemplo: super-realista.
Regra n° 3 – Inclusão das letras “estrangeiras” no alfabeto
Muitas palavras estrangeiras estão fazendo parte do dia a dia dos brasileiros. Porém, é digno de nota que muitas letras, principalmente do inglês, não estavam inclusas no alfabeto da Língua Portuguesa.
Agora, W, K e Y foram incorporados oficialmente ao idioma.
Exemplo na prática:
Se houver alguma questão afirmando, segundo a regra antiga, que Yara e Walter contêm letras que não fazem parte do alfabeto, esta questão está INCORRETA.
Regra n°4 – Acento diferencial
Palavras escritas de modos semelhantes, mas pronunciadas de maneira diferente, levavam acento diferencial. Isso mudou na regra nova.
Exemplo: na regra antiga, o acento circunflexo diferenciava a preposição “pelo” do substantivo “pêlo”. Agora, isso não existe mais: é “pelo” a forma correta para ambas as palavras.
O problema começa quando essa regra também tem exceções, e isso pode confundir os candidatos.
Por exemplo: dizer “ele tem” e “eles têm” continua correto. O verbo poder, nas conjugações “pode” (presente) e “pôde” (passado) TAMBÉM levam acento diferencial. Aqui cabe a famosa “decoreba”.
O novo acordo ortográfico, por mais que pareça o contrário, veio para facilitar um pouco as coisas. O objetivo principal da mudança foi aproximar as variantes do português falado mundo afora.
Mas fique atento: o novo acordo ortográfico está tornando possível as “pegadinhas” nos concursos, com o objetivo de confundir o candidato.