Um levantamento realizado com 400 escolas da rede privada apontou que houve considerável aumento no número de inadimplência. Além disso, revelou ainda que cerca de 95% das escolas, desde a educação infantil até o ensino médio, perderam alunos durante o período de pandemia.
De acordo com a pesquisa, antes da crise de covid-19 que obrigou a suspensão das aulas, os índices de atraso e de inadimplência chegavam a 21,7%. Já em abril, o número aumentou para 32%, chegando em 37% em junho.
Assim, a pesquisa realizada pelo Grupo Rabbit, evidencia os desafios das escolas para 2021, já que além de perder alunos, as escolas precisaram conceder descontos. A receita das escolas foi impactada duplamente.
Nesse sentido, Christian Coelho, responsável pela pesquisa, comenta sobre a situação: “Em outros momentos, a inadimplência girava entre 5% e 7% e os atrasos no pagamento da mensalidades chegavam a 20%”. Segundo ele, as famílias que ainda se encontram em inadimplência dificilmente vão arcar com as mensalidades vencidas.
O atraso é o não-pagamento em até 30 dias após o prazo de vencimento, enquanto a inadimplência consiste no não-pagamento acima de 30 dias após o prazo.
Nesse sentido, os índices de atraso e de inadimplência somados à concessão de descontos exigida por lei durante a quarentena chegou em 47% em junho deste ano.
Além disso, o número de desistências registrado pelas escolas ouvidas foi alarmante e não se restringiu a somente um nível. Afetou, então, desde a educação infantil até o ensino médio.
O desafio é, então, estabelecer acordos e conversar com as famílias para renegociar as dívidas e os valores. Ademais, de acordo com Coelho, a tendência agora é de maior estabilidade nos números, o que melhora a situação da receita das escolas.
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