Quase uma década depois da realização das Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, muito ainda se fala sobre a questão do legado olímpico do evento. Afinal de contas, valeu a pena para o Brasil receber uma edição dos Jogos?
Do ponto de vista de infraestrutura, da valorização do esporte e de evolução do país, essa é uma questão naturalmente subjetiva, que vai reunir opiniões diferentes de ambos os lados. Já do ponto de vista da numismática, existe um consenso: as Olimpíadas foram positivas e deixaram um legado.
De acordo com especialistas na área da numismática, desde que os Jogos Olímpicos foram realizados no Rio de Janeiro, várias moedas olímpicas que foram produzidas pela Casa da Moeda começaram a se valorizar. Desde então, os preços não param de subir.
Assim, as pessoas que guardaram as moedas e que mantiveram os itens em bom estado de conservação, naturalmente deverão conseguir um bom dinheiro em 2024, a depender da modalidade e também de uma série de outras questões.
Por se tratarem de moedas especiais, é natural que seja mais difícil encontrar uma moeda olímpica de 1 real. Algumas pessoas, por exemplo, nunca viram esses exemplares pessoalmente.
Para ajudar no processo de identificação dos itens, listamos abaixo um grupo com as principais características das moedas olímpicas de 1 real, tomando como base as informações disponibilizadas pelo Banco Central (BC):
Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro foram realizados em agosto daquele ano na cidade do Rio de Janeiro. Aquela foi a primeira vez que uma edição olímpica foi realizada na América do Sul. Quase todas os países do mundo enviaram atletas aos jogos em questão.
Naquela ocasião, o evento foi realizado em um contexto de grande ebulição política no país, já que a então presidente Dilma Rousseff (PT) foi retirada do cargo de chefe do executivo apenas alguns dias antes dos Jogos. Quem abriu a Cerimônia de Abertura foi o seu vice-presidente, Michel Temer, que tinha acabado de assumir o poder.
Antes de toda esta polêmica, o Banco Central (BC) decidiu lançar as moedas comemorativas, que viraram uma espécie de febre entre os colecionadores. A cada ano que passa, os exemplares se tornam mais raros, e já podem ser vendidos por um alto valor quase dez anos depois da realização dos Jogos.
Como dito, as moedas olímpicas de 1 real podem valer muito dinheiro em alguns casos. Mas é preciso prestar atenção no grau de conservação do exemplar, e também na modalidade específica.
Na imagem abaixo você pode conferir uma lista com os valores projetados para as moedas olímpicas de 1 real de 4 modalidades diferentes, que vêm garantindo a valorização no decorrer dos últimos anos:
Para os iniciantes, as inscrições da imagem acima podem parecer complexas. Afinal de contas, o que significa o termo Flor de Cunho, por exemplo? As classificações acima estão relacionadas ao estado de conservação de cada uma destas peças, segundo as informações de colecionadores.
Para começar, vamos detalhar o que significa uma moeda MBC. Este termo significa “Muito bem conservada”. Para que a peça entre nesta classificação, ela precisa ter, no mínimo, 70% de sua aparência original. Os analistas também dizem que o seu nível de desgaste deve sempre ser homogêneo.
Uma moeda soberba é a aquela que conta com pelo menos 90% dos detalhes originais preservados. Trata-se de uma peça que conta com pouco vestígio de circulação e de manuseio. No universo da numismática, este item é considerado intermediário, mas já se trata de um valor mais alto.
O termo Flor de Cunho vem da inscrição em inglês uncirculated. Trata-se de uma peça que não apresenta mais nenhum tipo de desgaste e nem de manuseio. Absolutamente todos os detalhes da cunhagem estão com a sua aparência original. Também não há nenhum indicativo de limpeza ou de química. Mesmo por isso, moedas flor de cunho são sempre as mais valiosas.