O Banco Central divulgou um relatório sobre o percentual de juros do cheque especial no último mês, fechando em 125,6% ao ano. Isso representou um crescimento em relação à última avaliação que foi feita em maio, quando fechou em 122,9%. O valor também é maior do que foi apresentado no mesmo mês, porém do ano passado, quando fechou em 112,6% ao ano.
Os números foram divulgados pela Nota Monetária de Crédito, no início desta quarta-feira (28). Foi definido que desde 2020 a modalidade não pode ultrapassar o teto de 8% ao mês, equivalente a 151,8% ao ano. Porém, se o percentual continuar subindo como no último mês, é bem provável que venha a furar o teto.
Se por um lado os juros do cheque especial está preocupando, o juro médio para o cartão de crédito rotativo caiu pelo terceiro mês consecutivo. Apesar da sequência de quedas, a taxa continua sendo a mais cara do mercado financeiro e com uma certa vantagem. Houve uma pequena queda, de 329,7% para 327,5% ao ano.
A modalidade rotativa é a mais cara do mercado, e se caracteriza quando o cliente não paga o valor total da fatura até a data de vencimento. As taxas são muito altas quando comparadas com a taxa anual da Selic, que está fixada em 4,25% ao ano.
Uma alternativa para o cheque especial ou cartão de crédito, é optar pela taxa do crédito consignado. Ela está em 18,7% ao mês, o que é uma diferença muito mais vantajosa que as outras modalidades.
O primeiro passo para não cair na armadilha dos juros do cartão de crédito é não gastar mais do que você recebe. Assim, há menos chances de atrasar os pagamentos do cartão de crédito, e assim, evitar os juros. Esses juros é uma das principais emboscadas para ficar com o nome na lista do Serasa. E uma vez estando nesta lista pode ser difícil achar formas de sair.
Cerca de 80% das famílias brasileiras têm algum tipo de dívida que envolve o cartão de crédito, segundo uma pesquisa que foi realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Uma das primeiras dicas para organizar a vida financeira, é não fazer o pagamento mínimo do cartão de crédito, pois do contrário, você já automaticamente já entra no crédito rotativo. Se você já tem o dinheiro necessário e não irá faltar para o restante das suas contas, evite se envolver em dívidas.
Mas para quem já se envolveu em problemas com o cartão de crédito, o próximo passo é ficar de olho na próxima fatura para não acabar caindo novamente em dívidas com juros. Outro detalhe é ficar atento com outras formas de financiamento, como o de veículos ou de um imóvel. Não é apenas com o cartão de crédito que você pode se endividar, sendo necessário os cuidados para essas dificuldades não virem uma “bola de neve”.