O número de famílias endividadas caiu após 13 meses de alta. Isso aconteceu devido a alta dos juros, o que dificultou e tornou mais caro o acesso ao crédito. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Nesse primeiro mês de 2022, um total de 76,1% famílias estavam endividadas, ante a 76,3% em dezembro de 2021 – porcentual recorde na série histórica. Apesar da redução, o valor está bem acima de um ano atrás, quando eram 66,5% nesta situação.
“O endividamento segue em patamar elevado, e essa redução [do próprio endividamento] é reflexo de um cenário desfavorável, em que o encarecimento do crédito pelos juros mais altos afeta a dinâmica de contratação de dívidas dos consumidores”, declarou em nota o presidente da CNC, José Roberto Tadros, de acordo com informações do G1.
Em contrapartida, o numero de inadimplistes aumentou. Se em dezembro era 26,2% em janeiro passaram a ser 26,4%, esse é o maior recorde para o mês e patamares maiores não eram registrados desde agosto de 2020.
Outra alta foi em relação aquelas pessoas que afirmaram sequer ter condições de pagar os valores: de 10% para 10,1%.
Na pesquisa há também resultados por faixa de renda. Enquanto os mais pobres tiveram menos acesso ao crédito, os mais ricos utilizaram mais.
Lembrando, que inadimplência e endividamento são termos diferentes. O primeiro tem haver com ter contas em atraso, já o segundo tem relação com utilizar crédito no mercado, seja empréstimos, financiamentos ou até mesmo cartão de crédito.
Sabendo disso, voltemos aos dados. Os endividamentos entre os mais ricos saiu de 70,9% e avançou para 71,2%. Enquanto entre os mais pobre caiu para 77,4%, ante a 77,7% em dezembro.
Em nota divulgada pelo G1, Izis Ferreira, economista da CNC responsável pela pesquisa, afirmou que isso aconteceu devido a vacinação e menor mortalidade registrada a variante Ômicron: “com a maior flexibilização, as famílias no grupo de renda mais elevada têm revertido suas poupanças, ampliadas durante a pandemia, para o consumo, especialmente de serviços”.
Pegar um empréstimo pode ser ainda mais complicado na atual situação do Brasil, isso porque, para conter a inflação, o governo decidiu aumentar os juros. A taxa selic subiu de e 9,25% para 10,75%.
Desta forma, quem precisar de um empréstimo ou um financiamento pagará muito mais juros do que antes e o valor pago será alto.
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