Felizmente, mais uma história de superação envolvendo estudante de baixa renda que conquistou um lugarzinho na faculdade do exterior.
Trata-se da jovem Isabelly Moraes Veríssimo dos Santos, de 18 anos, que não imaginou que teria a capacidade de passar em nada menos do que sete universidades internacionais. Na verdade, em entrevista ao G1 ela disse que achava que não passaria em nenhuma.
“Para falar a verdade, apliquei para várias porque achei que não ia passar em nenhuma. Nunca tive tanta autoconfiança acadêmica. Acho que o ambiente de pressão da Federal fez a minha autoestima ser muito ruim. Eu sempre ficava me colocando para baixo”, explicou ela, que é natural de Cubatão, litoral de São Paulo.
Isabelly, que cursou o ensino médio no Instituto Federal de São Paulo, campus de Cubatão, se candidatou para dez universidades e em sete delas, como dissemos, recebeu a carta de aprovação. O curso almejado era Neurociência, área que, para seguir aqui no Brasil, teria um caminho bem longo e tortuoso.
Enquanto lá fora é possível cursar Neurociência como graduação, aqui o segmento é uma especialização, portanto, ele teria que primeiro se formar em Medicina, depois uma pós em Neurologia para enfim se especializar na área que ela tanto sonha.
Por isso decidiu prestar os testes para universidades gringas e após os resultados positivos escolheu a Nova Southeastern University (NSU), nos EUA, que lhe concedeu uma bolsa de 16 mil dólares anuais para bancar os estudos.
A maior dificuldade enfrentada pela estudante era a financeira. Afinal, apesar da bolsa de estudos, ela precisaria de dinheiro para se manter nos EUA.
R$ 49 mil seriam para pagar custos com moradia, comida e livros durante o primeiro ano de graduação, e R$ 76 mil para pagar o convênio médico. Seus pais não têm condições que ajudá-la com tudo isso nesse período. Por isso ela recorreu a uma vaquinha virtual.
“Em três semanas consegui o dinheiro. Eu fico muito grata. Quando propus a vaquinha, sabia que ia acabar expondo a minha imagem e teria gente para falar mal, mas deu para ver que o mundo tem mais pessoas boas do que ruins. Não só recebi dinheiro, recebi também mensagens, propostas e doações de pessoas fantásticas, como o meu vizinho, que deu uma cesta para rifar”, conta. No total, a jovem conseguiu R$ 85.855.
A jovem estudante está agora organizando sua documentação para poder embarcar definitivamente para os EUA. As aulas começar no próximo dia 17 de agosto, mas segundo Isabelly, caso não consiga chegar a tempo, sabe que poderá realizar o primeiro bimestre a distância.
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