Nas últimas semanas, enquanto se falava da reestruturação do Bolsa Família, também se discutia a prorrogação do Auxílio Emergencial. Nesse sentido, para alterar todo o programa assistencial que agora se chamará Auxílio Brasil, seria necessário estender o benefício emergencial. Desse modo, agora, com o fim de um em outubro será possível iniciar o outro em novembro.
Assim, os cidadãos brasileiros que participam do Auxílio Emergencial contarão com mais três parcelas do benefício, a partir do dia 20 de agosto. O calendário oficial com todas as informações sobre a nova rodada de depósito foi publicado no fim da tarde de ontem, quinta-feira, 12 de agosto.
Então, as parcelas serão disponibilizadas para os beneficiários que realizaram seu cadastro pelo site ou aplicativo da medida durante o ano passado ou que fazem parte do CadÚnico do Governo Federal.
“Em 2020 foram cinco parcelas de R$ 600 e mais quatro parcelas de R$ 300. Somente no ano passado, com esta rubrica, gastou-se aproximadamente R$ 320 bilhões com o Auxílio Emergencial. Isso equivale, na prática, a 13 anos de Bolsa Família. Este ano, já superamos a primeira metade, nós começamos o que seria uma quarta fase ou prorrogação da terceira fase do Auxílio Emergencial, que nós concedemos por quatro meses e decidimos prorrogar por mais três meses. Obviamente, esses três meses terminam quando nós teremos, então, o novo programa chamado Auxilio Brasil”, declarou Bolsonaro durante o evento.
Para os participantes do Programa Bolsa Família que também recebem o Auxílio Emergencial nada se altera. Isto é, o calendário deste público seguirá o mesmo formato já conhecido, variando de acordo com o dígito final do Número de Inscrição Social (NIS).
Além disso, as datas sempre se equivalem aos dez últimos dias úteis do mês. Portanto, o pagamento da quinta parcela para este grupo se inicia no próximo dia 18.
Já o público geral, que não faz parte do Bolsa Família, poderá contar com a quanti a partir de 20 de agosto, até o fim do mês.
A Caixa Econômica comunicou que irá realizar a contratação de 10 mil empregados para intensificar o trabalho nas mais de 4,2 mil agência físicas de todo o Brasil. Desse modo, o processo de contratação tem a intenção de fortalecer e agilizar o atendimento de todos os cidadãos
Ademais, o banco frisou que todas as suas agências contam material de higienização e respeitam todas políticas de distanciamento social para evitar a disseminação do vírus da Covid-19.
“A Caixa continua abrindo às 8h da manhã, isso é muito importante, em especial no Norte e Nordeste, onde as pessoas chegam, normalmente, muito mais cedo”, explicou o presidente da Caixa, disse Pedro Guimarães, presidente da instituição.
João Roma, atual ministro da Cidadania, afirmou que Auxílio Brasil, novo programa social que irá substituir o Bolsa Família, será pago a partir de novembro.
“Com apoio e contribuição do Congresso Nacional, o Auxílio Brasil chegará em novembro para milhões de pessoas brasileiras”, relatou o ministro durante pronunciamento realizado ontem, 12 de agosto.
Além disso, João Roma também repetiu as mesmas informações que Bolsonaro concedeu na última segunda-feira. Isto é, quando o presidente se dirigiu até o Congresso Nacional para a entrega da Medida Provisória que regulamenta o programa.
No entanto, o ministro não forneceu maiores informações sobre a medida, como a quantidade de pessoas contempladas e valor médio pago pelo benefício. Desse modo, de acordo com relatos anteriores do presidente e do ministro, o reajuste mínimo deve ser em torno de 50%, o que aumentaria o tíquete médio pago a população de R$ 192 para R$ 285. Ademais, o objetivo é atender cerca de 16,4 milhões de cidadãos.
Já encaminhada ao Congresso Nacional no início desta semana, a MP (Medida Provisória) da reedição Programa Bolsa Família contém todas as definições sobre o benefício. Assim, deve ser votada no Congresso nos próximos dias.
Em 12 de agosto, também, houve o pronunciamento em cadeia nacional para o anúncio do Auxílio Brasil. Na ocasião, portanto, João Roma declarou que a nova medida se trata de uma evolução do Bolsa Família.
“O Auxílio Brasil representa evolução no conceito de transferência de renda e de assistência às famílias em condições de vulnerabilidade”, disse. “Ao mesmo tempo em que garante uma renda básica às pessoas que estão na faixa de pobreza e de extrema pobreza, oferece ferramentas para emancipação socioeconômica”, completou o ministro.
Nesse sentido, o benefício contará com três modalidades: primeira infância, composição familiar e superação da extrema pobreza. Em conjunto, ainda, haverá o acréscimo de seis bônus, quais sejam:
“Em busca do acesso à cidadania, com liberdade de escolha, o Auxílio Brasil vai oferecer trilhas para as pessoas se emanciparem”, destacou Roma no pronunciamento. Em entrevista, o mesmo relatou que com esse modelo o benefício poderá chegar a R$ 1000.
No entanto, ao ser questionado sobre os valores pagos pelo benefício, o ministro relatou que o tema só será definido a partir de setembro.
Para além do Auxílio Brasil que contará com tipos diferentes de benefícios e complementos, o também se debate a concessão de microcrédito. Desse modo, aqueles que participam do programa também terão acesso ao empréstimo. De acordo com o Governo Federal, portanto, o objetivo é que as pessoas consigam sair dos programas assistenciais e ter autonomia.
Sobre o assunto, então, o ministro da Cidadania, João Roma, entende que a medida poderá auxiliar aqueles que não têm acesso a esse tipo de oportunidade. Nesse sentido, ele indica que “O que nós visamos é que justamente seja disponibilizado acesso a recursos com juros mais baixos. É uma população que em geral tem dificuldade de acesso ao setor bancário. Hoje essa população termina caindo em agiotas, que de maneira informal muitas vezes captura cartões e recebíveis muitas vezes de maneira truculenta”.
Contudo, aqueles cidadãos interessados precisarão aguardar o debate sobre as medidas pelo Congresso Nacional.