Não é de hoje que a tecnologia tem atuado diretamente no setor bancário. Você, provavelmente, usa muito mais o aplicativo do banco do que o próprio cartão que carrega na carteira. Isso sem falar que não deve se lembrar da última vez em foi à sua agência bancária para resolver algum problema. Na hora de investir, a tecnologia também está presente até mesmo no seu aplicativo do banco, mas tem empresas por aí indo além de digitalizar o processo de investimento.
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A Magnetis, por exemplo, desenvolveu uma inteligência artificial para automatizar a gestão de carteiras de investimentos. A empresa, chamada de fintech pela tecnologia inovadora que criou, explica que cada investidor conta com seu próprio algoritmo. Ele usa as informações fornecidas pelo usuário para criar uma carteira diversificada, de acordo com o perfil desejado de risco, vencimentos e rendimentos.
De acordo com Juliana Frediano, gerente de Crescimento da Magnetis, uma das vantagens é que o algoritmo pode fazer cálculos humanamente impossíveis, com inúmeras combinações de ativos. Chamada pela fintech de Goal Based Investing, essa solução é um robô advisor, ou seja, uma inteligência artificial que auxilia o cliente a fazer a melhor escolha na hora de investir.
“A proposta da fintech é atuar como um verdadeiro guia financeiro que orienta o melhor caminho ao cliente, de acordo com o perfil, momento da vida e objetivo”, afirma a gerente da Magnetis. Com o uso da tecnologia a empresa também é responsável pela gestão das carteiras de seus clientes, oferecendo todo o suporte necessário para quem quer investir.
Juliana explica que a tecnologia funciona por meio de algoritmos baseados em teorias consagradas de finanças, que são usadas para criar uma carteira de investimentos sob medida para cada cliente. Essa tecnologia ainda leva em conta os objetivos de vida do investidor, como comprar uma casa, fazer uma viagem ou até pagar a faculdade do filho daqui 18 anos.
As tecnologias envolvidas na criação de um robô advisor envolvem inteligência artificial, machine learning (aprendizado de máquina), modelos estatísticos, modelagem de dados e algoritmos. Após um questionário de perfil de risco preenchido pelo investidor, que vai medir o quanto ele está disposto a arriscar, toda essa tecnologia entra em ação. Obviamente, também é levado em conta os valores e prazos de investimentos.
De acordo com Juliana, não há riscos de privacidade para o usuário, já que o que se analisa é o trabalho de um algoritmo e não de uma pessoa. “Não há questões de privacidade envolvidas neste tema, enquanto os ganhos são maior diversificação, economia de tempo e combinações matemáticas humanamente impossíveis de serem feitas”, explica.
A tecnologia faz muito, mas a atuação de consultores de investimentos ainda não pode ser substituída. “A Magnetis desenvolveu algoritmos capazes de analisar mais de 20 mil ativos do mercado e cuida para otimizar tudo para que os clientes alcancem cada objetivo no tempo certo, com mais eficiência, menos riscos em uma carteira resiliente. Mas, além da tecnologia, a fintech também conta com um time de mais de 100 especialistas com mais de 25 anos de experiência no mercado financeiro e com interesses alinhados aos objetivos dos clientes”, lembra a gerente.
O que a tecnologia faz, na verdade, mais do que facilitar a diversificação, é gerenciar melhor a carteira de investimentos do cliente de acordo com seu perfil e objetivos. Isso inclui sugerir produtos e condições exclusivas para garantir melhores resultados. Segundo a gerente, o robô advisor traz maior quantidade de ativos na carteira, sem deixar de lado a estratégia e a rentabilidade.
“O consultor humano tem o papel de entender o cliente, seu momento de vida, objetivos e fazer a gestão ativa da carteira, para que em eventuais mudanças de mercado ou de rota, as carteiras sejam rebalanceadas automaticamente. Além disso, acompanha o mercado de perto, faz análises e tem um papel consultivo no planejamento financeiro de seus clientes”, conclui.