Economia

INSS: Reajuste confirmado em 4,1% a partir de 2021; veja os valores

Em 2021, o valor da aposentadoria e da pensão dos segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) será reajustado em 4,1%.

De acordo com a SPE (Secretaria de Política Econômica) do Ministério da Economia, o salário mínimo, que atualmente é R$ 1.045, deverá aumentar para R$ 1.087,84 em 2021. No entanto, o valor do benefício não será aumentado, será apenas igualado a inflação prevista para o ano que vem.

O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) informou que a revisão do valor do salário mínimo é calculada de acordo com a estimativa da inflação, que em agosto apontava 2,35%, mas que nesta semana foi reajustada para 4,1%.

O índice exato do salário mínimo  será encerrado em dezembro e só poderá ser conhecido em janeiro do ano que vem. Entretanto, o piso será reajustado pelo INPC do ano anterior.

A variação do PIB de dois anos antes não será mais aplicada. Até o momento, o governo não definiu a nova política do salário mínimo.

Sem aumento real

Em 2019, o governo acabou com a política de reajuste real do salário mínimo. Sendo assim, agora o valor salarial se limita a seguir a determinação da Constituição, que fala em preservação do poder aquisitivo do trabalhador.

O ganho real do salário mínimo foi implementado por Fernando Henrique Cardoso (PSDB) informalmente, em 1994, logo após a adoção do Plano Real. As gestões petistas oficializaram a medida.

Sem ganho real no salário mínimo, o governo consegue um alívio financeiro, uma vez que o aumento do salário mínimo reajusta automaticamente benefícios previdenciários e assistenciais. Para cada R$ 1 de aumento no valor do mínimo, o governo amplia em cerca de R$ 355 milhões as despesas por ano.

Poder de compra inalterado

O reajuste do salário mínimo varia de acordo com o aumento dos preços, registrados a partir das taxas de inflação. Ou seja, os trabalhadores receberão o poder de compra de reajustado conforme o índice de inflação (aumento geral no nível de preços).

Os cálculos do Dieese demonstram que mais de 49 milhões de brasileiros vivem com um salário mínimo. Atualmente, a remuneração mensal deveria ser de mais de R$4 mil reais por mês e não R$ 1.045,00.

Para cálculo do salário mínimo, o governo considera o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e inflação do ano anterior.