Aproximadamente 70% dos beneficiários da Previdência recebem o pagamento de um salário mínimo. Para 2021, o governo definiu que o salário mínimo aumentaria de R$ 1.045 para R$ 1.100. Por isso, a maioria dos aposentados deve receber o reajuste neste mesmo valor. O aumento será de 5,26% em relação ao valor de 2020.
O salário mínimo define o piso dos benefícios do INSS. Por isso os aposentados também devem ter aumento de 5,26% neste ano. Esse reajuste do piso do Brasil é feito pelo governo ao analisar caixa e inflação do país. O novo valor começa a ser válido a partir do início de cada ano, após publicação de Medida Provisória (MP), posteriormente passando por aprovação do Congresso Nacional.
Benefícios relacionados ao salário mínimo também têm aumento, como é o caso do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
A regra muda no caso de aposentados que ganham valor acima do salário mínimo, mesmo que poucos reais. Nesses casos, o reajuste segue o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Geralmente, o salário mínimo e o piso do INSS sofrem reajuste um pouco maior que o INPC.
No acumulado de 2020, o INPC tinha alta de 3,93%, embora o Ministério da Economia fizesse a previsão de alta de 4,11%. Mesmo assim, o aumento dos demais beneficiários deve ser de aproximadamente 4% neste ano. O INPC também é responsável por definir o reajuste do teto do INSS. Ou seja, se o aumento de 4,10% for confirmado, o teto iria de R$ 6.1010 para R$ 6.351,20.
De acordo com o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, a inflação IPCA do ano passado deve ser de 4,39%. Dessa forma, o aumento de 5,26% do salário mínimo e do piso do INSS farão o valor ficar acima da inflação. Ou seja, significará aumento real do poder de compra.