Economia

Guedes defende Bolsonaro, mas admite problemas na economia

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que os “barulhos políticos” atingem a economia e também comentou a situação do Brasil admitindo a inflação. Ele ainda disse que o presidente pode ter exagerado “nas palavras, não nas ações”, em relação as declarações dada depois de atos antidemocráticos do 7 de Setembro. Mesmo sim, ele tentou minimizar a situação da economia demonstrando otimismo. As declarações foram dadas nesta sexta-feira (10) a as informações são do jornal o Globo.

“Nunca aposte contra a democracia brasileira. Nós estamos avançando o tempo todo. É muito barulho, mas estamos avançando. Somos os único país promovendo reformas estruturais em meio à pandemia”, defendeu ele.

Ele ainda comentou sobre o fundamento firme que a democracia está estabelecida e que falas contra o sistema tem sido contidas. Para ele, a economia poderia desacelerar, mas o governo estaria na direção certa.

“A sua pergunta é se poderia todo esse barulho sobre as instituições e democracia perturbar esta muito bem posicionada economia, no sentido de que já estamos prontos para avançar de novo. Minha resposta é que pode fazer muito barulho, pode desacelerar o crescimento, mas nós não vamos mudar a direção. Nós estamos na direção certa. Interrompemos a rota errada. Estamos de volta aos negócios e nosso governo está seguro de que vamos seguir na direção correta”, tentou explicar.

Guedes também admitiu que a inflação está em um dos piores momentos e falou também sobre a queda. “Ela vai reduzir lentamente e vamos fechar o ano entre 7,5% e 8% porque ainda temos alguns avanços para fazer”, finalizou.

Alta da inflação

A inflação disparou no Brasil e reduziu o poder de compra do brasileiro, isso porque, apesar do aumento de preços, os salários não acompanharam os novos valores.

Entre os problemas enfrentados está a alta dos alimentos e do preço do gás de cozinha. Muitas famílias tem sido obrigados, por conta de suas condições financeiras, a trocar o gás de cozinha pela lenha ou meio similares, buscando um custo menor.

Há ainda a recente taxa extra anunciada para a conta de luz, a medida teria como objetivo evitar que a crise hídrica se agrave ainda mais. Neste cenário especialistas ainda afirmam que as ações do governo Bolsonaro foram tardias e por isso a situação alcançou ponto tão crítico.