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Inflação: Focus indica queda no 2º semestre

Houve uma redução na expectativa para a inflação do final de ano. A princípio, a média das projeções de economistas do mercado relativos ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 7,96% para 7,67% em 2022.  

Ainda de acordo com o relatório Focus, espera-se que em 2023 a inflação suba de 5,01% para 6,09%. Ademais, para 2024, as previsões inflacionárias também aumentaram, passando de 3,25% para 3,30%. 

A pesquisa divulgada pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (11/07), aponta um cenário econômico onde há uma menor pressão sobre os preços administrados. Aliás, o levantamento foi divulgado após o final da greve dos servidores do BC.

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Projeções da inflação

Todavia, as estimativas para a inflação, tanto de 2022, que era de 3,5%, quanto para 2023, de 3,25%, estão acima do teto estipulado pelo governo. No entanto, há uma margem de tolerância de cerca de 1,5 pontos percentuais para mais ou para menos.

Desse modo, uma das causas apontadas para o alívio inflacionário está relacionada à aprovação da lei que determina um teto para as alíquotas de ICMS relativas aos setores de combustíveis, gás, energia, comunicações e transporte coletivo.

No entanto, alguns analistas econômicos indicam que esta medida é paliativa, pois não tem efeito duradouro, podendo haver um aumento do índice de preços no ano que vem. Em síntese, deve haver uma pressão da inflação relativa a estes produtos e serviços.

Foi a segunda semana seguida do relatório Focus onde houve uma previsão inflacionária inferior. Em conclusão, o boletim divulgado pelo BC na semana passada, apontava um aumento de 7,67% e há quatro semanas, de 8,5%.

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Crescimento do país

De acordo com a previsão para o PIB nacional deste ano, houve uma elevação de 0,08% da sua expectativa, indo de 1,51% para 1,59% em 2022. Para 2023, espera-se que o país cresça 0,50% durante o período. Já para 2024, o índice caiu de 1,81% para 1,80%.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a economia brasileira no primeiro trimestre cresceu 1% em relação ao último período do ano passado. Segundo o órgão, o aumento no PIB foi de acordo com as projeções dos analistas, mas é esperado uma redução, devido às eleições, alta de juros, inflação, e o cenário internacional desfavorável.

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Taxa de juros

Sobre a taxa básica de juros (Selic), há a expectativa de 13,75% para o ano de 2022. O Comitê de Política Monetária (Copom) havia aumentado o valor em 0,50 pontos percentuais da Selic para 13,25% ao ano, em sua última reunião no meio de junho. 

O mercado esperava esse aumento de juros devido à elevação dos riscos fiscais e da pressão da inflação. Espera-se, portanto, um novo reajuste da taxa básica de juros para a próxima reunião do Copom em agosto.

Dólar

Em relação à moeda americana, o relatório Focus apontou para uma elevação de R$5,09 para R$5,13. A expectativa para o ano que vem, 2023, é a de que o dólar fique em R$5,10. Para 2024, espera-se uma variação entre R$5,07 a R$5,06.

Sobre o ano de 2025, é esperado uma cotação de R$5,15 para a moeda norte-americana. É a mesma projeção do relatório Focus da semana passada, no entanto, diferente dos quatro últimos boletins, quando o dólar estava a R$5,13.  

O que é o relatório Focus

O Boletim Focus é uma divulgação semanal que engloba cerca de 100 instituições do mercado, projetando dados acerca dos principais indicadores econômicos do país. Estas informações são coletadas até a última sexta-feira antes da divulgação dos números pelo Banco Central.

O relatório é divulgado toda segunda-feira e traz uma evolução a partir de gráficos, sobre o comportamento semanal do índice dos preços, inflação, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores.

O Focus é bastante útil visto que oferece informações que irão direcionar ações governamentais a respeito das atividades econômicas. Ele também é um documento norteador, utilizado por milhares de investidores. Os indicadores apresentados são estimativas que devem ser compreendidas de modo a oferecer um cenário amplo e semanal do desenvolvimento econômico nacional.