O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), também chamado de inflação do aluguel, apresentou uma queda, pelo quarto mês seguido, em julho. Este índice é calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), e apresentou uma redução de 0,72%. Em 2023, o IGP-M já acumula, no total, uma queda de 5,15%, constituindo uma deflação. Na comparação com os últimos 12 meses, o índice recuou 7,72%.
Esse resultado do IGP-M mostra uma desinflação da economia brasileira. A critério de exemplo, em julho do ano passado, o índice da inflação do aluguel estava positivo em 10,08% no acumulado de 12 meses.
O IGP-M, a chamada inflação do aluguel, é, na verdade, uma média aritmética ponderada de três outros índices. Sendo assim, são eles: Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
Além disso, o IGP-M demonstra o comportamento de preços e produtos muito relevantes para o produtor, consumidor e construção civil.
Como dito, a inflação do aluguel é uma média entre três índices. Sendo assim, o resultado do IPA, que teve queda de 1,05%, foi o que mais contribuiu para a redução do IGP-M em julho.
De acordo com André Braz, coordenador da pesquisa do FGV Ibre, “O IPA continua registrando deflação em seus principais grupos, movimento que permanece influenciando o resultado do IGP. No entanto, a intensidade destes movimentos está arrefecendo, pois importantes matérias-primas brutas começaram a registrar variações positivas ou menos negativas, como o minério de ferro (de -2,21% para 2,96%), os suínos (de -7,03% para 3,46%) e o milho (de -14,85% para -4,95%)”.
Por outro lado, o IPC teve uma variação de 0,11% em julho, sendo que quatro das oito classes pesquisadas apresentaram uma alta. Com relação a esse aumento, a maior contribuição veio do grupo dos transportes, que passou de -1,68% para 0,70%. A gasolina, por exemplo, foi de -3% em junho para 3,65% neste mês. Já o INCC teve uma variação de 0,06% em julho, após apresentar alta de 0,85% em junho.
Como dito, o IGP-M é conhecido como inflação do aluguel. Isso ocorre pois o índice costuma ser utilizado para reajustar o valor dos contratos de imóveis anualmente. Além disso, o IGP-M também é utilizado como indexador de contratos de empresas de serviço, como por exemplo, energia elétrica, telefonia, educação e planos de saúde.
De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) terminou o mês de dezembro do ano passado em 0,45%. Sendo assim, a chamada inflação do aluguel terminou o ano de 2022 com alta de 5,45%.
Na época, André Braz afirmou: “A última edição do IGP-M (inflação do aluguel) de 2022 mostra aceleração dos preços de alimentos importantes ao produtor e ao consumidor. No índice ao produtor, os maiores aumentos foram registrados para: feijão, bovinos e óleo de soja refinado. Já no âmbito do consumidor, as maiores altas foram registradas para alimentos in natura, com destaque para: tomate e cebola“.