Economia

Índice de DIFUSÃO DA INFLAÇÃO cai para menor nível desde 2012

A inflação no Brasil continua perdendo força em 2023. Em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,35%, acelerando em relação ao mês anterior (0,28%), mas ainda apresentando variações pouco expressivas. A saber, o IPCA-15 é considerado a prévia da inflação oficial do país.

De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela pesquisa, o índice de difusão da inflação chegou a 41,7% em setembro deste ano. Em resumo, esse indicador mede a quantidade de produtos e serviços que sofreram pressão inflacionária, ou seja, cujos preços subiram em relação ao mês anterior.

Nesse caso, quatro em cada dez itens pesquisados ficaram mais caros em setembro, na comparação com o mês anterior. Esse dado mostra que a inflação não ficou tão difusa e espalhada no Brasil no mês passado. A título de comparação, o percentual se aproximou de 80% no início do ano passado, algo considerado raro de acontecer.

Cabe salientar que o resultado índice de difusão da inflação de setembro é o menor desde 2012, quando a série histórica teve início. Em outras palavras, o IBGE nunca havia registrado um espalhamento tão limitado quanto no mês passado. A propósito, a taxa estava em 51% em agosto, o que reflete o seu forte recuo entre os meses.

Índice de difusão recua, mas inflação acelera

Embora o índice de difusão tenha recuado fortemente no país, para a mínima histórica, a prévia da inflação acelerou em setembro. Em suma, isso aconteceu devido ao grupo transportes, que exerceu o maior impacto no IPCA-15, de 0,41 ponto percentual (p.p.).

O IBGE revelou que seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados registraram aumento dos seus preços em setembro, puxando a inflação do Brasil para cima. Confira abaixo quais foram os grupos pesquisados pelo IBGE cujos preços subiram:

  • Transportes: 2,02%;
  • Vestuário: 0,41%;
  • Despesas pessoais: 0,35%;
  • Habitação: 0,30%;
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,17%;
  • Educação: 0,05%.

O IBGE revelou que os preços gerais dos combustíveis subiram 4,85% no mês, impulsionado pela gasolina, cujos preços subiram 5,18%, impactando a inflação em 0,25 p.p.. Além disso, também houve alta nos valores do óleo diesel (17,93%) e do gás veicular (0,05%). Por outro lado, o etanol ficou 1,41% mais barato, limitando um pouco do avanço do grupo.

Por sua vez, os preços do item passagens aéreas, que haviam caído 11,36% em agosto, mudaram a trajetória e subiram 13,29% em setembro, pressionando o orçamento dos consumidores que viajam no país.

Preço da gasolina sobe em setembro e impulsiona inflação no Brasil. Imagem: Agência Brasil.

Dicas para economizar nas compras do supermercado

Apesar de a inflação estar mais fraca em 2023, os brasileiros ainda sofrem com os preços elevados de produtos e serviços no país. Alimentos, vestuário, transportes, bens duráveis, tudo isso está mais caro que há um ano, mesmo que a alta seja mais tímida que em 2022.

De todo modo, muitas pessoas estão precisando se apertar financeiramente para conseguir fazer as compras e pagar as contas todos os meses. Por isso, existem algumas dicas para que as famílias consigam economizar quando fizerem compras no supermercado.

Na verdade, o cenário atual do país ainda está obrigando as famílias a encontrarem meios de superar os aumentos mensais dos preços de bens e serviços. Portanto, dicas simples, mas bastante eficazes, podem reduzir significativamente o valor das compras do supermercado. Veja abaixo algumas delas:

1- Aproveite as promoções

Muita gente costuma receber seus salários no início do mês, período em que os supermercados ficam cheios. Como a demanda é grande nesses dias, os estabelecimentos costumam elevar os preços no período, pois as pessoas tendem a comprar de um jeito ou de outro.

Contudo, nos últimos dias dos meses, os supermercados acabam fazendo o contrário devido à redução da demanda. Assim, o consumidor pode guardar dinheiro para comprar nesses dias, que tendem a ter muitas promoções.

2- Faça compras mensais

Segundo especialistas, os consumidores devem preferir fazer compras mensais, em vez de semanais. Assim, evitam a desvalorização do dinheiro devido às altas dos preços nos supermercados.

Vale destacar que o consumidor deve procurar preços mais baratos. Ao encontrá-los, poderá comprar mais itens, caso não sejam perecíveis, estocando-os e reduzindo a compra do mês seguinte, que provavelmente terá itens ainda mais caros devido à inflação elevada.

3- Anote todas as suas despesas

Por fim, a dica mais importante de todas é registrar todas as despesas. Em suma, o consumidor deve anotar tudo o que gasta e tudo o que tem, do valor mais alto ao menor. Com isso, poderá controlar os gastos, entendendo a renda que possui e o quanto poderá gastar sem afetar outras despesas ou o orçamento familiar mensal.