O ano de 2022 registrou no seu primeiro mês uma queda no Indicador de Antecedente de Emprego (IAEmp). O índice vem caindo há três meses seguidos, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em dezembro do ano passado, o índice estava em 81,8 indo para 76,5 em janeiro deste ano.
Com esse resultado é possível avaliar que este é o maior retrocesso desde agosto de 2020, a média móvel trimestral teve um recuo de 3,6 pontos indo para 80,4 pontos. O indicador vai de 0 a 200, tendo em 100 um ponto de neutralidade, o que vem a indicar variações positivas ou negativas desse índice.
Ainda que haja influência de fatores como a alta inflação, elevação de taxas de juros, baixa confiança do consumidor e reemprego com salários mais baixos esteja refletindo na desaceleração da economia, o avanço da variante Ômicron do coronavírus, e da influenza também deixaram sua marca no setor econômico.
A alta propagação da variante Ômicron afetou bastante o setor de serviços em decorrência da retomada de medidas restritivas, aumento do receito da população em circular livremente pelas ruas e adiamento do carnaval.
Todos os componentes do índice mostraram queda no primeiro mês deste ano, sendo o principal ponto negativo o componente da Situação Atual dos Negócios da Indústria, que marcou 1,6 pontos, contribuindo bastante na variação do IAEmp do mês.
A taxa de desemprego no Brasil teve uma diminuição de 11,6% no trimestre que foi finalizado em novembro do ano passado, segundo a última pesquisa do IBGE sobre o mercado de trabalho. Porém, o desemprego atinge ainda atinge 12,4 milhões de brasileiros.
O rendimento real habitual, é o rendimento que o cidadão seja ele empregado, empregador ou quem trabalha por conta própria recebe mensalmente, sem acréscimos ou descontos. Esse rendimento caiu 4,5% comparado ao trimestre anterior, indo para R$ 2.444, sendo o menor desde 2012, quando começou a ser contabilizado.
Esse índice tem como finalidade prever as movimentações e mudanças mais importantes do mercado de trabalho do país. Ele se baseia em dados retirados através de pesquisas no setor empresarial e do consumidor realizadas pela FGV IBRE.
As informações relacionadas às expectativas do mercado de trabalho são retiradas das pesquisas feitas com o consumidor. Já os aspectos relacionados à previsão de empregos, situação atual de negócios e suas tendências, são retirados da pesquisa feita nas indústrias e da sondagem de serviços, individualmente.
O IAEemp foi criado a partir de dados estatísticos gerados pelo FGV IBRE. A escolha do grupo de dados e dos pesos é feita por meio de métodos estatísticos, que podem sofrer reformulações periódicas. Em caso de reformulação, eventuais alterações não irão provocar mudanças em série previamente divulgadas.
Para calcular o rendimento real habitual do empregado, o IBGE não inclui parcelas de caráter contínuo, sendo eles bonificação anual, horas extras, participação anual nos lucros, décimo terceiro, adiantamento de salário, etc. Ele também não considera descontos ocasionais como faltas, prejuízo eventual no empreendimento.
Caso esse rendimento seja variável, é realizada a média do tempo em que foi realizado o trabalho e declarado na semana de referência. Quando o valor do rendimento é variável de acordo com a temporada ou estação do ano, o rendimento mensal é considerado sazonal.