ATENÇÃO, trabalhadores! As regras do imposto de renda para 2022 podem mudar, isso porque a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados inicia, nesta quarta-feira (05), discussão em audiência pública. A reunião será realizada no plenário 8, a partir das 9 horas.
Na reunião deve estar em pauta a atualização da tabela do Imposto de Renda e do teto do lucro presumido. Esta atualização de valores já foi prometida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Entenda mais abaixo.
A audiência desta semana foi proposta pelo deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) e deve estar presente também o coordenador-geral de Tributação da Secretaria Especial da Receita Federal, Fernando Mombelli.
Goergen destaca que a discussão é necessária já que desde 2015 a tabela do imposto de renda não é alterada, o que tem feito cada vez mais pessoas pagarem impostos. “A demora na atualização faz com que os contribuintes passem a pagar uma alíquota maior em relação ao exercício anterior, visto que há uma defasagem inflacionária grande”, comentou.
A mudança do teto do lucro presumido é necessária para impulsionar a atividade empresarial, defende o parlamentar.
A não correção da tabela do imposto de renda neste ano, na prática, significa um aumento de imposto. Isso porque é estimado que 10,5 milhões de pessoas não teriam que prestar contas a receita em 2021, caso a tabela fosse corrigida. Aqueles que já pagavam o imposto, sem a correção devem pagar ainda mais.
A correção garante que a tabela do imposto de renda acompanhe os índices inflacionários do país e não deixe a população no prejuízo.
Hoje está isento do imposto de renda apenas aqueles que recebem até R$ 1.903,98 por mês (menos de dois salários-mínimos), porém se a tabela fosse atualizada ao menos pela inflação a isenção subiria para faixa de renda de até R$ 4.022,89.
A não declaração do imposto de renda pode levar a sanções e multa.
Uma das promessas de campanha de Bolsonaro, era a alteração da cobrança do imposto de renda, onde ficariam isentos todos os brasileiros que ganhassem até cinco salários-mínimos (pouco menos de R$ 5.000 na época).
O que até agora não se concretizou. Mas o presidente manteve que uma alteração deve ser feita. “Vamos tentar pelo menos em 2022 passar para R$ 3.000”, declarou. E admitiu que não seria possível cumprir a então promessa da campanha.