Direitos do Trabalhador

Ideia inicial do Governo é não prorrogar o Auxílio Emergencial agora

De acordo com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, o Governo pode prorrogar o Auxílio, mas ideia inicial é não fazer isso

O Governo Federal pode prorrogar o Auxílio Emergencial? Pode. O Planalto quer fazer isso? Não. De acordo com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, a ideia dentro do seu Ministério agora é apostar que não haverá necessidade de uma prorrogação do benefício agora.

Isso não quer dizer que o Governo não vá prorrogar o benefício. No entanto, isso significa dizer que o Palácio do Planalto prefere esperar um pouco mais de tempo para saber como a pandemia vai se desenrolar nas próximas semanas antes de tomar uma decisão sobre o assunto.

Em um café da manhã com representantes da indústria nesta quinta-feira (27), Paulo Guedes deixou claro que só vai prorrogar o benefício se a pandemia não der trégua. Ele até disse que o cenário ideal para o Brasil é investir pesado na questão da vacinação.

É que quanto mais brasileiros se vacinarem, mais proteção contra a Covid-19 eles terão. E assim, essas pessoas poderão sair para trabalhar e consequentemente conseguir uma renda. Na cabeça de Guedes isso vai diminuir a necessidade de uma prorrogação do benefício.

Por outro lado, se isso não acontecer nos próximos meses, o Ministro disse que não consegue enxergar outra saída: o Planalto vai mesmo ter que estender o programa. Na conversa, ele até disse que o Auxílio Emergencial é “uma arma” do Governo e que eles irão usá-la sempre que for necessário.

Auxílio Emergencial

Em caso de prorrogação restaria saber portanto a duração. É que o Governo também não tem uma certeza do que fazer quanto a isso. Parte do Planalto quer uma acréscimo de, pelo menos, mais quatro meses no benefício. Por essa conta, o programa deixaria de acabar em julho para acabar em novembro.

No entanto, outra ala mais conservadora do Governo quer uma prorrogação menor. Essas pessoas acreditam que o melhor é estender o benefício por mais um ou dois meses. Assim, de acordo com eles, as contas públicas acabariam sofrendo menos com a situação.

Em entrevista recente, o Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que concorda com essa ideia. Para ele, um ou dois meses são mais do que suficientes para pagar as parcelas para a população mais carente. Ele disse ainda que logo depois o Governo precisa colocar outro programa no lugar.

Novo Bolsa Família

Esse outro programa seria o novo Bolsa Família. O Ministro da Cidadania, João Roma, disse em entrevistas recentes que esse benefício vai estar pronto no próximo mês de agosto. No entanto, algumas pessoas afirmam que o ideal é que ele esteja pronto em dezembro.

Seja em agosto ou dezembro, o fato é que o Governo quer colocar esse programa no lugar do atual Auxílio Emergencial. O Presidente Jair Bolsonaro disse em entrevista recente que o pagamento médio do projeto vai ser de R$ 250. No entanto, essa ainda não é uma informação oficial.

O Congresso está fazendo pressão para que o Governo Federal tome essas decisões o mais rapidamente possível. É que há uma preocupação sobre o tempo de aprovação desses programas. Uma PEC, por exemplo, pode levar semanas até que os parlamentares a aprovem.