O termo “massacre de Sharpeville” é utilizado em referência a um conflito que aconteceu no ano de 1960, na África do Sul.
O evento aparece com alguma frequência em questões de história geral, principalmente dentro dos vestibulares.
Dessa maneira, é fundamental que você entenda corretamente esse tema. Vamos conferir, a seguir, um resumo sobre o Massacre de Sharpeville.
O massacre de Sharpeville aconteceu no dia 21 de março de 1960, em Sharpeville, África do Sul.
Na ocasião, 69 pessoas perderam as suas vidas e outras 186 ficaram feridas.
Na África do Sul, os brancos sempre foram minoria. Porém, apesar disso, eles dominavam os negros, valendo-se, dentre outras coisas, da lei do apartheid, implementada no país na década de 40. A lei previa uma série de diretrizes que colocavam os negros sempre em estado inferior ao dos brancos.
Dentro desta política, os negros não poderiam se deslocar livremente para qualquer ponto da cidade e, dentro dos seus locais permitidos, tinham que portar uma caderneta indicando o local de proveniência e o local de destino.
Ainda, dentro de uma política oficial de discriminação racial, em as pessoas eram classificadas pela cor de sua pele, a educação também era afetada pelo sistema.
A denominada “educação bantu” foi especialmente planejada para fazer com que os negros, os seus destinatários, recebessem uma educação de nível inferior. O objetivo era fazer com que esse jamais alcançassem o nível educacional dos brancos, garantindo aos últimos a superioridade intelectual.
Ainda, existiam os chamados bantusões: locais construídos pelas autoridades destinados à população negra. Nesses locais, a sua circulação era relativamente livre.
Sharpeville era um desses bantusões. Ela ficava nos arredores de Johannesburg e foi de lá que um protesto se iniciou contra o uso das cadernetas, que atendia à chamada lei do passe.
Em março de 1960, cerca de vinte mil pessoas se reuniram em Sharpeville e começaram a protestar pacificamente contra os abusos da lei. Porém, o inesperado aconteceu: para reprimir o protesto, a polícia começou a atirar contra os manifestantes, matando 69 pessoas e ferindo outras 186. O episódio ficou conhecido como o massacre de Sharpeville.
O fato contribuiu para que a opinião pública mundial voltasse seus olhos para o problema do apartheid sul-africano, contribuindo com a luta que se travou para que esse tipo de política tivesse fim.
Em 1969, a ONU criou o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial, que é comemorado até os dias de hoje, ainda que a lei do apartheid tenha sido há muito tempo revogada na África do Sul.