O Hezbollah é um partido político e assumiu vários ataques terroristas nas últimas décadas. Por isso torna-se uma pauta cotada para questões e redações de vestibulares, assim como do ENEM.
Conheça como ele surgiu e demais características para ir bem na prova de história!
O Hezbollah em árabe significa “Partido de Deus” e é um partido muçulmano xiita e grupo militante com sede no Líbano.
O grupo mantém alianças políticas e militares com Irã e a Síria, além de possuir uma forte oposição ao Estado de Israel e a influência ocidental no Oriente Médio.
Assumiu a autoria de diversos ataques terroristas pelo mundo, e por isso é considerado pelos Estados Unidos e outros países como uma organização terrorista.
A saber, o partido surgiu no Líbano na década de 1980 durante a Guerra Civil Libanesa. E desde 1992 é liderado pelo secretário-geral Hassan Nasrallah.
O Hezbollah é considerado a força militar, não estatal, mais poderosa do mundo, com cerca de 25.000 combatentes ativos, além de possuir poder bélico e um orçamento anual de mais de 1 bilhão de dólares.
A reputação extremista do Hezbollah cresceu de forma rápida, principalmente pelos confrontos com milícias xiitas rivais e ataques terroristas a alvos estrangeiros.
Nos anos 80 promoveu ataques à embaixada dos EUA e ao quartel da marinha americana ambas em Beirute capital do Líbano, deixando centenas de pessoas mortas.
Ainda nos 80 emitiu um manifesto prometendo forçar as potências ocidentais a sair do Líbano e destruir o Estado de Israel.
Já em 1989, o Parlamento líbanes assinou um acordo, pondo fim à Guerra Civil Libanesa e garantiu a Síria a guarda do país, também determinou o desarmamento de milícias muçulmanas no país, exceto uma: o Hezbollah.
Mais tarde, nos anos 90 foi responsabilizado pelo ataque a embaixada de Israel em Buenos Aires e Londres, além de um centro judaíco em Buenos Aires.
Em decorrência disto, em 1997 os EUA declararam oficialmente o Hezbollah como uma organização terrorista.
Precisamente em 2006 o Hezbollah lançou diversos mísseis em direção a cidades israelitas da fronteira, gerando uma Guerra Israel-Hezbollah entre julho e agosto desse mesmo ano, deixando milhares de libaneses e 50 israelenses mortos.
Ademais, o Hezbollah enviou milhares de combatentes para a Guerra Civil da Síria para ajudar o governo de Bashar al-Assad. Tal guerra é responsável por uma das maiores crises humanitárias da história, estima-se ao menos meio milhão de sírios mortos e mais de 12 milhões de refugiados.
O Hezbollah é liderado pelo secretário-geral Hassan Nasrallah, desde 1992, quando o então líder Abbas al-Musawi foi morto pelo Estado de Israel.
O partido é formado por um Conselho Shura de sete membros e cinco assembleias, são elas:
Além disso, o Hezbollah conta com um exército forte, com mais de 25.000 combatentes atuantes e 30.000 reservistas, números extraordinários para uma instituição não-estatal, por isso, é considerada a maior do mundo.
O exército é treinado pela Guarda Revolucionário Islâmica, do Irã e financiados em parte pelo governo iraniano, cerca de 700 milhões de dólares em armas anualmente.
Os EUA consideram o Hezbollah uma organização terrorista, assim como a Al-Qaeda e o ISIS (Estado Islâmico).
Tanto que em 2015, o então presidente Barack Obama assinou a Lei de Prevenção de Financiamento Internacional do Hezbollah.
Nela, encontra-se sanções significativas a entidades estrangeiras (governos, empresas e pessoas) que utilizam contas em bancos americanos para financiar o Hezbollah.
Já em 2019, o presidente Donald Trump, impôs novas sanções contra membros do Hezbollah e propôs uma recompensa de 7 milhões de dólares por informações do terrorista e um dos líderes do Hezbollah Salman Raouf Salman.
Já em 2020, Trump impôs sanções adicionais a membros do Hezbollah que fazem parte do parlamento irianiano.