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Haddad defende a restrição fiscal para reduzir a inflação (entenda!)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), durante a reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI), nesta quarta-feira (11/10), defendeu uma política fiscal restritiva para os países, para reduzir a inflação. A princípio, ela poderia ajudar nas ações de políticas monetárias, diminuindo o risco de instabilidade financeira.

Para Fernando Haddad, o Governo Federal se esforça no sentido de uma maior restrição fiscal. Isso fez com que o Brasil apresentasse uma melhora em sua confiança. Aliás, o Banco Mundial esteve presente na reunião do FMI no Marrocos. O ministro afirmou que as ações garantem a sustentabilidade da dívida pública.

Analogamente, Fernando Haddad disse que a consolidação fiscal faz com que a dívida pública continue em uma trajetória sustentável. Em sua fala, durante a reunião do FMI, o ministro citou o grande endividamento de diversos países, ocasionado pela pandemia de covid-19 e suas consequências para a economia.

O ministro da Fazenda, sobre as ações do Governo Federal, disse que, “no atual ambiente de inflação, uma política fiscal mais restritiva pode ajudar a política monetária. Ela pode reequilibrar a oferta e a demanda, reduzindo a necessidade de taxas mais elevadas durante mais tempo, e, portanto, o risco de instabilidade financeira”.

Haddad e as medidas do governo

Em seu discurso, Fernando Haddad falou sobre o novo arcabouço fiscal e sua aprovação. Ele também citou a apresentação de medidas de receita que têm como objetivo principal, zerar o déficit primário do governo do Brasil no ano de 2024. Para o ministro da Fazenda, essas iniciativas não deverão aumentar a carga tributária.

Ademais, as ações do Governo Federal, deverão recuperar o nível de arrecadação. Ele quer levá-la ao nível dos últimos anos, de 19% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Para Fernando Haddad, o resultado dessas medidas e ações, fizeram com que o Brasil melhorasse a confiança na sustentabilidade de suas dívidas.

O ministro afirmou que nos últimos meses, houve uma perda do dinamismo da atividade econômica global. Ele espera que haja uma desaceleração nos próximos anos, sendo que os mercados emergentes podem ser afetados. Ele diz que é preciso enfrentar esse cenário aumentando a integração econômica entre os países.

Em síntese, Fernando Haddad defende que os mercados emergentes e os países em desenvolvimento façam uma reflexão em relação ao seu peso crescente na economia global. Para ele, é preciso garantir uma maior representação dessas nações nas organizações multilaterais, que são a maioria da população mundial.

Países em desenvolvimento

Durante seu discurso na reunião do FMI, Fernando Haddad disse que é necessário que os países em desenvolvimento ampliem sua participação acionária no fundo, necessária, já que ela poderia condizer com a real situação econômica global. Aliás, para o ministro, estes países estão sub-representados no cenário internacional.

O ministro da Fazenda afirmou que a assinatura de um acordo prematuro com o FMI poderia fazer com que o Brasil enviasse uma sinalização errônea ao mundo. Ele falou sobre o risco de se enviar um sinal negativo sobre o compromisso dos membros do fundo. Ele busca fomentar o multilateralismo econômico, em todo o planeta.

O ministro Fernando Haddad terá um encontro amanhã (12/10), com a ministra da Fazenda da Índia, Nirmala Sitharaman, para conversar sobre a futura presidência do Brasil no G20. Dessa maneira, o nosso país deverá assumir neste ano de 2023, o comando do grupo, que atualmente é presidido pelo próprio país asiático.

O encontro dos dois ministros da Fazenda de seus respectivos países, Brasil e Índia, amanhã, deverá ser um dos últimos compromissos de Nirmala Sitharaman enquanto seu país preside o G20. Neste cenário, Fernando Haddad irá assumir em seu lugar, a presidência do grupo, a partir do mês de dezembro de 2023.

Comando do G20

O presidente Lula (PT), recebeu no mês de setembro, o martelo que simboliza o G20, das mãos do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. Para Fernando Haddad, a presidência do grupo pelo Brasil, terá como meta, o fomento à inclusão social. Dessa forma, ele focará no combate à fome, a transição energética, e no desenvolvimento sustentável.

Em conclusão, o ministro da Fazenda Fernando Haddad deverá ter outros encontros bilaterais em Marrakesh, na reunião do FMI e Banco Mundial, no Marrocos. Eles são considerados preparatórios para a presidência do G20. Na quinta-feira, ele deverá participar de um jantar com os ministros de finanças do fórum.