Na última sexta-feira, 17, em discurso no 91º Enic, encontro do setor da construção, promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), no Rio, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a função de um banco público como a Caixa é passar seu excesso de receita para taxas de juros menores, e não dar lucro como uma instituição privada.
“Se é pra dar lucro, privatiza logo. Pra que eu vou ter um banco com 21 mil agências no Brasil todo para dar lucro máximo? Se for pra isso, privatiza, vende, funde com o Banco do Brasil”, disse o ministro.
Ainda no discurso, o responsável pela pasta econômica defendeu juros mais baixos para o financiamento imobiliário e um programa de habitação popular. Ele disse que, se os juros para o financiamento imobiliário fossem em torno de “IPCA (o índice oficial de inflação) mais 2%”, geraria demanda para a construção civil, num movimento que chamou de “capitalismo popular”.
Na última sexta-feira, 17 de maio, o presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), anunciou o novo programa de demissão voluntária (PDV) da instituição. O objetivo é desligar até 3,5 mil funcionários, informou o banco.
Segundo informações da Caixa, o programa tem 28 mil funcionários como publico alvo. Eles exercem o seu posto na matriz e em escritórios regionais da Caixa. O PDV receberá os interessados entre 20 de maio e 07 de junho.
“Simultaneamente, o banco vai chamar aprovados em concurso em 2014“, afirmou a assessoria de imprensa do banco.
De acordo com o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, as convocações têm objetivo de fortalecer a rede de agências. “É importante focar em colocar as pessoas na rede, que é o principal contato da Caixa com os mais de 93 milhões de clientes que temos”, afirmou o presidente. Os candidatos serão convocados conforme necessidade e estratégia da estatal.
De acordo com a Reuters, ainda não há uma estimativa de quantos serão contratados, mas a expectativa é de que até 25% desse público seja composto por pessoas portadoras de deficiência física.
Segundo informações do Banco, ainda não há um plano para fechamentos de agências. A CEF tem mais de 4,4 mil pontos físicos de atendimento no Brasil. Segundo dados mais recentes, a instituição tinha, no final de 2018, aproximadamente 85 mil funcionários.
A CAIXA quer uma economia de R$ 716 milhões por ano, caso o número máximo de desligamentos seja atingido. No ano passado houve uma redução de 2.728 funcionários no quadro de funcionários da Caixa, conforme dados da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest). No ano passado fora 13.434 funcionários do quadro das estatais através de programas de demissão voluntária (PDVs) ou de aposentadoria incentivada.
Os aprovados no último concurso público da Caixa Econômica Federal, realizado em 2014, serão convocados. A confirmação veio nesta sexta-feira, 17 de maio, pela instituição. As convocações dos aprovados vão acontecer em paralelo ao Programa de Demissão Voluntária (PDV) do banco. As convocações, conforme informou o banco, vão iniciar a partir do dia 03 de junho.
De acordo com o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, as convocações têm objetivo de fortalecer a rede de agências. “É importante focar em colocar as pessoas na rede, que é o principal contato da Caixa com os mais de 93 milhões de clientes que temos”, afirmou o presidente. Os candidatos serão convocados conforme necessidade e estratégia da estatal.
Em fevereiro, o presidente da Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Jair Pedro Ferreira, disse que a retomada de contratações é positiva, mas não basta. “Essa é uma luta da Fenae e de outras entidades. Os empregados estão mais sobrecarregados e adoecidos a cada dia. Não adianta chamar 2.500 concursados e forçar a saída de 5 mil, 10 mil trabalhadores com planos de demissão e aposentadoria”, critica.
Ainda de acordo com ele, “Guimarães [presidente da Caixa] diz querer ‘oxigenar’ a Caixa, mas isso não se faz com a simples troca de antigos por novos. É preciso reforçar o quadro de pessoal. No entanto, já se fala em novos PDVs a partir deste ano”, disse na ocasião.
Segundo dados da Federação, a CEF fechou 2014 com 101 mil funcionários. A direção do banco se comprometeu a contratar mais 2 mil servidores. No entanto, segundo a Fenae, desde então 16 mil pessoas deixaram o quadro de pessoal do banco, principalmente por meio de planos de desligamento.