Nesta quinta-feira (12), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo irá prorrogar o auxílio emergencial, caso uma segunda onda da pandemia do coronavírus chegue no país.
“Prorrogação do auxílio emergencial se houver segunda onda não é possibilidade, é certeza. Se houver segunda onda da pandemia, o Brasil reagirá como da primeira vez. Vamos decretar estado de calamidade pública e vamos recriar auxílio emergencial”, afirmou.
O ministro informou que essa não é a expectativa, mas a equipe econômica prevê como uma contingência. “O plano A para o auxílio emergencial é acabar em 31 dezembro e voltar para o Bolsa Família. A pandemia descendo, o auxílio emergencial vai descendo junto. A renovação do auxílio emergencial não é nossa hipótese de trabalho, é contingência”, completou.
Ainda, durante o evento virtual promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o ministro informou que, se haver a prorrogação, a ideia é que o Brasil gaste menos do que na primeira onda da pandemia. “Ao invés de gastar 10% do PIB, talvez gastemos 4%”, completou. “O Brasil vai furar as duas ondas, estamos saindo do lado de lá”.
O ministro da Economia voltou a pontuar que o plano da equipe econômica era que o auxílio emergencial fosse juntado com o Bolsa Família ou Renda Cidadã, o que ainda está sendo estudado.
O presidente Jair Bolsonaro anunciou a prorrogação do auxílio emergencial por quatro meses no valor de R$ 300. A extensão do auxílio foi oficializada por meio de medida provisória e terá que ser aprovada por deputados e senadores no Congresso Nacional.
“Não é um valor o suficiente muitas vezes para todas as necessidades, mas basicamente atende. O valor definido agora há pouco é um pouco superior a 50% do valor do Bolsa Família. Então, decidimos aqui, até atendendo a economia em cima da responsabilidade fiscal, fixá-lo em R$ 300”, disse Bolsonaro.
Neste ano, o Executivo depositou cinco parcelas de R$ 600 para os beneficiários do auxílio, visando ajudar os brasileiros de baixa renda, trabalhadores informais, MEIs, autônomos e desempregados.