Apesar de negar a prorrogação do auxílio emergencial em diversas declarações, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na última sexta-feira (11) que o governo possui instrumentos para atenuar o fim do benefício em 2021.
“Não descartamos usar ferramentas dentro do teto (a regra que proíbe que as despesas cresçam em ritmo superior à inflação). Temos a capacidade de antecipar benefícios, diferir arrecadação de impostos (adiar o pagamento dos tributos). Já fizemos isso neste ano”, disse, em audiência na Comissão Mista do Congresso que acompanha medidas anticovid.
Paulo Guedes, ministro da Economia, afirmou que a atividade econômica do Brasil está em fase de recuperação e que está voltando em V. Guedes afirmou que o avanço abaixo do esperado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no terceiro trimestre teve influência de revisões que levaram os resultados de antes para cima.
“É a economia voltando, voltando em V como dissemos antes. Houve revisões em trimestres anteriores, com crescimento um pouco para cima, então veio um pouquinho abaixo do esperado. Mas o fato é que a economia está voltando em V, realmente está voltando”, afirmou Guedes.
Guedes comentou o relatório que o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou nesta semana. No relatório, o FMI falou que as autoridades brasileiras devem estar preparadas para dar apoio adicional na área fiscal. Para Guedes, isso significa que o FMI quer retirar os programas criados durante a pandemia gradualmente. “O FMI está sugerindo o que estamos fazendo, que a retirada dos estímulos seja gradua”, disse ele.
Em seguida, Guedes falou sobre o auxílio emergencial de R$ 600, que atualmente já paga parcelas de R$ 300 e termina o calendário em dezembro de 2020. “Então a retirada está sendo gradual, exatamente como eles estão recomendando. Tanto que saiu uma apreciação deles elogiando o programa brasileiro. O Brasil foi uma das economias que voltaram com mais velocidade”, opinou Guedes.