Economia

Guedes defende que programa de renda seja financiado por receita fixa

Ainda em busca da forma de financiamento do novo programa social do governo, Paulo Guedes, ministro da Economia, voltou a defender a desoneração da folha de pagamento. De acordo com ele, o novo programa não pode ser financiado por um “puxadinho”. Guedes também reafirmou que o teto de gastos será respeitado.

O Renda Cidadã, de acordo com Guedes, será a “linha evolucionária” do auxílio emergencial criado para as camadas mais frágeis da população brasileira. De acordo com ele, o novo programa pode unir 27 programas sociais atuais e ainda ter uma “calibragem adicional”.

Segundo Guedes, o novo programa também será feito para dar um “pouso suave” após o fim do auxílio emergencial, no fim deste ano. “Mas tem de ser financiado por uma receita permanente, não um puxadinho, um ajuste”, afirmou.

Assim que anunciou o Renda Cidadã, o governo anunciou também a intenção de financiar o programa com recursos dos precatórios e parcela do Fundeb. A ideia, entretanto, não foi bem recebida pelo recado e o governo recuou. “Não estamos nos desviando dos nossos programas”, disse Guedes.

O ministro da Economia insistiu na proposta de desonerar a folha de pagamentos. “Acho que é o mais cruel dos impostos, o mais feio e imundo”, disse ele. “Queremos desonerar para todos, e não só para quem tem lobby em Brasília”.