No fim da semana, Paulo Guedes, ministro da Economia, afirmou que o governo irá antecipar o 13º salário dos “mais frágeis” e dos “mais idosos”. O ministro não deu detalhes, mas afirmou que a medida será adotada após o orçamento ser aprovado.
A declaração de Guedes foi feita após reunião com Daniel Freitas (PSL-SC), deputado e relator da proposta de emenda à Constituição Emergencial. O texto teve aprovação do Senado Federal e foi enviado à Câmara dos Deputados. No início do ano, Valdo Cruz, colunista do G1 e Globo News, havia revelado que o governo iria antecipar o 13º de aposentados do INSS e o abono salarial.
“O abono salarial já foi antecipado. Agora, assim que aprovar o orçamento, vai ser antecipado o 13º justamente dos mais frágeis, dos mais idosos, como fizemos da outra vez. O BEM, que é o programa de preservação de empregos, já estão sendo disparadas as novas bases. Então, tem mais coisa vindo por aí”, disse Guedes.
Guedes já havia afirmado que o programa de suspensão de contratos e redução de jornada seria retomado. Mas o ministro também não deu detalhes sobre a nova extensão do programa, que foi iniciado ano passado para amenizar o aumento do desemprego durante a pandemia do novo coronavírus.
O ministro também defendeu a vacinação em massa contra a Covid-19. “O grande desafio é a vacinação em massa. Na saúde, nós precisamos avançar rapidamente para não derrubar a economia brasileira de novo. Além da dimensão humana, das tragédias, das famílias, tem o perigo de derrubar a economia de novo e ai você agudiza todo o problema brasileiro”, disse ele. “Agora é saúde, vacinação em massa, não vamos falar de Bolsa Família agora”.
Em 2020, as parcelas do 13º salário do INSS foram pagas entre o final de abril e início de junho, por conta da pandemia da Covid-19. De acordo com o calendário oficial do INSS, as parcelas deveriam ser pagas no final do ano, embora fosse comum que a primeira parte fosse antecipada para o mês de agosto.
O Senado ainda analisava a possibilidade de criar em 2020 um 14º salário para aposentados e pensionistas do INSS, com o objetivo de beneficiar os cidadãos que já sacaram o 13º, e ainda encontram dificuldades financeiras por causa a pandemia. No entanto, o projeto não saiu do papel e não foi concretizado.