Paulo Guedes, ministro da Economia, afirmou essa semana que o auxílio emergencial deve ser extinto do Brasil em dezembro de 2020. De acordo com ele, a Covid-19 “cedeu bastante” e a economia brasileira “voltou com muita força”.
“Os fatos são que a doença cedeu bastante e a economia voltou com muita força. Do ponto de vista do governo, não existe prorrogação de auxílio emergencial”, disse Guedes durante evento virtual da Empiricus.
Ainda de acordo com o ministro, ele atuará com “evidências empíricas”. Guedes também admitiu que há muita pressão política para que o programa voltado aos trabalhadores mais vulneráveis seja prorrogado novamente.
“Estamos preparados para reagir, mas não adianta criar fatos que não existem. Se tiver segunda onda [da pandemia], já sabemos como reagir, o que funcionou e o que não funcionou, sabemos o nome dos beneficiários que realmente precisam”, disse ele.
Guedes afirmou que, atualmente, não há nenhuma evidência de segunda onda da pandemia do novo coronavírus no Brasil que faça necessário recorrer ao “gatilho” de ações emergenciais. O ministro também defendeu que debater sobre medidas de isolamento social atualmente seria precipitado. “Não podemos fabricar falsificações de realidade”, afirmou, ao mesmo tempo em que pedia respeito à “narrativa científica”. Guedes alega que a “evidência empírica” é de que a covid-19 diminuiu no Brasil.
A InfoGripe, plataforma da Fiocruz, aponta que há aumento nos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no país. Em 10 capitais, houve sinal moderado ou forte no aumento dos casos. Semana passada, o Ministério da Saúde afirmou que ataque de hacker dificultou a confirmação sobre a evolução da doença no Brasil.