O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou recentemente que, do ponto de vista do governo, o auxílio emergencial não será prorrogado para o ano de 2021. De acordo com ele, a pandemia do novo coronavírus está cedendo no país e a atividade econômica está voltando.
De acordo com Guedes, o benefício pago a informais poderia ter duração de até um ano se o valor das parcelas fosse menor, de R$ 200, como a equipe econômica propôs inicialmente.
Guedes, após reconhecer que o auxílio emergencial com o valor de R$ 600 e a prorrogação com parcelas de R$ 300 até dezembro tiveram apoio do governo, revelou que o novo programa acabou demandando muitos recursos da União.
“Os fatos são que a doença cedeu bastante e a economia voltou com muita força. Então, do ponto de vista do governo, não existe a prorrogação do auxílio emergencial”, afirmou.
O ministro confirmou que no momento há uma pressão política para que o benefício seja estendido por mais tempo. No entanto, afirmou também que as ações do Governo Federal serão baseadas em evidências e que a pasta saberá como reagir em eventual situação de emergência, o que não está nos planos no momento.
Com a indefinição do novo programa social, a ala política do governo voltou a defender a prorrogação do auxílio emergencial por mais três meses no ano que vem.
De acordo com assessores, até o momento, o presidente Jair Bolsonaro não tomou nenhuma decisão sobre o tema e deve se manifestar após o fim do segundo turno das eleições municipais.
“A decisão é do presidente Bolsonaro e, até agora, ele não tomou uma posição. Deve decidir entre esta e a próxima semana, sabendo da importância do benefício para a população que está em situação de vulnerabilidade”, disse um assessor presidencial.
O assessor do presidente afirmou que os pedidos pela prorrogação do benefício aumentaram. No entanto, ressaltou que o cumprimento do teto dos gastos públicos deve ser garantido. De acordo com o texto em vigor, o pagamento do auxílio emergencial vai até dezembro de 2020.
Líderes do governo querem aprovar a chamada PEC Emergencial ainda em 2020 e incluir no texto o novo programa social do governo. No entanto, a própria base aliada do presidente da República no Legislativo considera isso impossível.
Portanto, com a votação da proposta sendo estendida para 2021, a ala política do governo voltou a defender que o auxílio emergencial continue a ser pago até o Congresso aprovar medidas que garantam um novo programa social ou a reformulação do Bolsa Família.