Economia

GRANDE VITÓRIA para os trabalhadores com carteira assinada do país

Os números do mercado de trabalho estão cada vez mais positivos no Brasil em 2023. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação ficou em 8,0% no segundo trimestre deste ano.

Essa é a menor taxa para o período desde 2014, o que evidencia os grandes resultados conquistados no primeiro semestre do governo Lula. Aliás, os primeiros meses deste ano não foram muito fáceis, visto que o ano começou com o crescimento do desemprego. Contudo, a situação mudou, para alegria dos trabalhadores.

Segundo a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio do IBGE, Adriana Beringuy, a redução da taxa de desocupação no segundo trimestre reverteu a elevação registrada no trimestre anterior e apontou para a “recuperação de padrão sazonal” do indicador do mercado de trabalho.

Desemprego recua no trimestre e no ano

A taxa de desocupação caiu 0,8 ponto percentual (p.p.) em relação ao primeiro trimestre deste ano (8,8%). Já na comparação com o segundo trimestre de 2022 (9,3%), a taxa teve uma queda ainda maior, de 1,3 p.p. Estes resultados refletem a melhora do mercado de trabalho brasileiro.

Vale destacar que a população desocupada totalizou 8,6 milhões de pessoas no trimestre de abril e junho deste ano. Isso representa uma queda de 8,3% em relação ao trimestre anterior (menos 785 mil pessoas) e uma redução de 14,2% em um ano (menos 1,4 milhão de pessoas desocupadas).

As fortes quedas estão reduzindo a quantidade de pessoas sem um trabalho no país. No entanto, os números continuam bastante elevados, ainda mais para uma grande economia como o Brasil. Por isso que o governo espera dados ainda mais fortes ao longo do ano.

População ocupada cresce no país

A PNAD Contínua revelou outros dados referentes aos primeiros meses do governo Lula. A saber, a população ocupada somou 98,9 milhões entre abril e junho, número 1,1% maior que o do trimestre anterior (mais 1,1 milhão de pessoas).

O tipo de vínculo que se destaca como responsável pelo crescimento da ocupação vem de um dos segmentos da informalidade, que é o emprego sem carteira assinada“, explicou Adriana Beringuy.

Na comparação com o segundo trimestre de 2022, houve um crescimento de 0,7% da população ocupada (mais 641 mil pessoas). Em resumo, os números cresceram mais na base trimestral do que na anual, refletindo os números mais fracos nos primeiros três meses do governo Lula.

A PNAD ainda mostrou que o nível de ocupação ficou estimado em 56,6%, alta de 0,5 p.p. na comparação com o trimestre anterior, mas estabilidade em um ano. A propósito, nível de ocupação se refere ao percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar.

Taxa de desocupação no 2º trimestre é a menor para o período desde 2014. (Imagem: Agência Brasil).

População desalentada recua no Brasil

O levantamento do IBGE ainda revelou que a população desalentada no Brasil somou 3,7 milhões no período. Esse número caiu 5,1% em relação ao trimestre anterior (menos 199 mil pessoas) e 13,9% em um ano (menos 514 mil pessoas).

O IBGE explica que a população desalentada é formada por pessoas que estavam fora da força de trabalho do país devido a alguma das seguintes razões:

  • Não conseguia trabalho;
  • Não tinha experiência profissional;
  • Era muito jovem ou muito idoso;
  • Não encontrou trabalho na localidade onde mora;
  • Não teria condições de assumir a vaga caso conseguisse o trabalho.

Em outras palavras, os desalentados do país formam a parte da força de trabalho potencial. Isso quer dizer que eles poderiam trabalhar, mas não o fizeram devido a circunstâncias específicas.

Os dados também mostraram que o percentual de desalentados na força de trabalho atingiu 3,3% entre abril e junho de 2023. Na comparação trimestral, o nível caiu 0,2 p.p., enquanto a queda na base anual a queda chegou a 0,5 p.p.

Entenda a PNAD Contínua

De acordo com o IBGE, a PNAD Contínua acompanha as variações trimestrais e a evolução da força de trabalho no Brasil. Isso acontece em médio e longo prazo através de coleta, em âmbito nacional, de informações necessárias para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do país.

Em síntese, a implantação da PNAD Contínua aconteceu em outubro de 2011, alcançando o caráter definitivo em janeiro de 2012. A PNAD também divulga informações mensais e anuais, além das trimestrais, sobre força de trabalho no país, desemprego, entre outros pontos.

Os analistas do mercado ficam atentos a esses dados para traçarem possíveis resultados futuros relacionados ao mercado de trabalho brasileiro.