Você sabia que os brasileiros consomem, em média, 2,3 milhões de toneladas de pão francês por ano? De acordo com cálculos da plataforma de descontos online Cuponation, o brasileiro gasta somente com o pão francês branco, em média 8,49% da sua renda mensal. A empresa estima no estudo o consumo de cinco pães brancos diariamente ao valor médio de R$ 6,79 por 500 gramas.
Em meio a esse alto consumo de pão, os brasileiros acabam de ter uma grata surpresa. O dólar fechou o último dia cotado a R$ 4,94 ficando abaixo dos R$ 5 pela primeira vez em mais de seis meses. A queda se deve a componentes externos, como a desaceleração da inflação nos EUA, e também internos, como as sucessivas vitórias do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) no Palácio do Planalto.
Mas afinal de contas, por que a moeda americana valendo menos no Brasil pode impactar nos preços de quem compra pão, por exemplo?
Segundo analistas, em primeiro lugar é preciso lembrar que a queda do dólar em apenas um ou dois dias não trará um impacto direto na vida dos brasileiros. Neste sentido, é preciso esperar para saber se a moeda americana vai voltar a subir, ou se vai seguir uma sequência de quedas nas próximas semanas.
Caso a segunda opção se concretize, é possível que preços de vários produtos no Brasil sejam reduzidos. Na matéria que acaba de sair hoje, você poderá ver, por exemplo, que os brasileiros que consomem pão diariamente poderão ser beneficiados com a medida.
Isso aconteceria porque as commodities ficariam mais baratas no mercado interno por causa da redução do fluxo de exportações.
A valorização do real no cenário internacional faria com que a exportação da produção nacional se tornasse mais vantajosa para os parceiros comerciais do Brasil.
Produtos que podem ficar mais baratos:
Alguns analistas acreditam que, mesmo que seja preciso aguardar pela evolução do dólar nos próximos dias, hoje a aposta do mercado financeiro é de que o patamar da moeda americana vai seguir caindo e possa chegar aos R$ 4,80 em breve, o que poderia trazer um impacto direto no café da manhã de milhões de brasileiros ao redor do país.
Conforme informado anteriormente, em todo país são consumidos por ano 2,3 milhões de toneladas de pão francês. Contudo, os brasileiros reclamam dos altos preços desse item.
De outubro a setembro do ano passado, por exemplo, o pão subiu bem mais que a inflação. A associação que representa o setor diz que os preços dispararam, na época, por conta da alta do trigo.
“É um produto queridinho que está em todas as mesas. Para a gente manter esse hábito, ele não pode ter um preço exorbitante que tire a possibilidade do consumo”, revelou Paulo Meneguelli, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Panificação (ABIP).
Agora, com a expectativa de diminuição do dólar, a expectativa é que os preços dos pães sejam reduzidos no país, o que vai proporcionar uma excelente notícia para quem consome esse item.
Em viagem à China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou da posse de Dilma Rousseff (PT) como presidente do Banco dos BRICS. Em seu discurso, o petista criticou o uso do dólar para transações comerciais.
“Por que todos os países estão obrigados a fazer seu comércio lastreado no dólar. Por que não podemos fazer o nosso comércio lastreado na nossa moeda?”, questionou o presidente no evento.
“Nós precisamos ter uma moeda que transforme os países numa situação um pouco mais tranquila. Porque hoje um país precisa correr atrás de dólar para poder exportar, quando ele poderia exportar em sua própria moeda, e os bancos centrais certamente poderiam cuidar disso”, declarou Lula.
“É necessário ter paciência. Mas por que um banco como o dos Brics não pode ter uma moeda que possa financiar a relação comercial entre Brasil e China, e entre os outros países dos Brics. É difícil, porque tem gente mal acostumada e todo mundo depende de uma única moeda”, concluiu o presidente.
Ele também elogiou o banco dos BRICS
“Pela primeira vez um banco de desenvolvimento de alcance global é estabelecido sem a participação de países desenvolvidos em sua fase inicial. Livre, portanto, das amarras e condicionalidades impostas pelas instituições tradicionais às economias emergentes”, declarou.