Após iniciar o ano com resultados preocupantes, o governo Lula conseguiu se recuperar e apresentou ótimos números em relação à criação de empregos formais em março. No terceiro mês de 2023, os trabalhadores com carteira assinada aproveitaram grandes oportunidades no país.
Em resumo, os dois primeiros meses deste ano tiveram resultados bem fracos, decepcionando os brasileiros. No entanto, o saldo de empregos criados em março superaram as expectativas, mesmo que levemente, reduzindo um pouco as preocupações em relação ao mercado de trabalho brasileiro.
De acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência, o Brasil criou 195,171 mil postos de trabalho formal em março de 2023, terceiro mês do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na comparação com o mesmo mês de 2022, o saldo de empregos formais gerados foi quase duas vezes maior. Isso porque, em março do ano passado, o país criou 98.786 postos de trabalho, ou seja, houve um crescimento de 97,6% em um ano.
Segundo os dados do Caged, o Brasil registrou mais contratações que demissões em março. Assim, encerrou o mês com um saldo positivo, e bem superior ao observado no mesmo mês de 2022.
Veja abaixo os números do mercado de trabalho brasileiro em março deste ano:
Com o acréscimo dos dados de março, o Brasil passa a registrar um saldo de 42,97 milhões de empregos com carteira assinada.
Em suma, o valor ficou 0,4% maior que o saldo observado em fevereiro (42,78 milhões). Já na comparação anual, o avanço foi ainda maior, de 4,7%. À época, o Brasil tinha um saldo de 41,03 milhões de empregos com carteira assinada.
Em 2020, a pandemia da covid-19 afundou o mercado de trabalho global, inclusive o brasileiro. No país, houve demissões em massa, redução de jornada de trabalho e diminuição da remuneração dos empregados.
Isso aconteceu porque os primeiros meses da pandemia ficaram marcados pelo incentivo ao distanciamento social. Dessa forma, muitas pessoas se isolaram em casa, reduzindo o consumo no país em diversas áreas consideradas não essenciais, resultando no fechamento de 192,5 mil vagas com carteira assinada em 2020.
Inclusive, o Brasil encerrou 2020 com um saldo de postos formais de trabalho de apenas 38,559 milhões, número 10,3% menor que o observado em março deste ano. Em 2021, a situação começou a mudar com a melhora do quadro sanitário e muitos trabalhadores foram recontratados ou conseguiram novas ocupações profissionais no país.
Naquele ano, houve um crescimento bastante expressivo no número de empregos formais criados no Brasil, principalmente por causa da fraca base comparativa. No entanto, o cenário ficou ainda mais positivo em 2022.
Todos os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A propósito, vale destacar que não é mais adequado fazer comparações com os dados referentes a anos anteriores a 2020, pois o governo federal do ex-presidente Jair Bolsonaro modificou a metodologia do levantamento.
O levantamento do Ministério também mostrou que um setor se destacou na criação de empregos formais no Brasil em março de 2023.
Veja abaixo quantas vagas foram criadas ou fechadas em cada setor pesquisado:
Em resumo, o setor de serviços liderou a criação de empregos no país em março, assim como ocorre em praticamente todos os meses. O saldo do setor ficou bem maior que o registrado pelos demais grupos, com quase todos eles apresentando resultados positivos no mês.
A única exceção foi o grupamento da agropecuária, que fechou algumas centenas de vagas no período, principalmente por causa do fim da safra de vários produtos.
O Ministério do Trabalho também revelou dados sobre as regiões brasileiras. Em março, houve a abertura de vagas em todas as regiões:
Em janeiro, as regiões Norte e Nordeste haviam registrado saldos negativos, ou seja, fecharam postos de trabalho. Entretanto, isso não aconteceu em fevereiro, e se repetiu em março, com todas as regiões registrando um saldo positivo na geração de vagas de emprego.
Por fim, vale ressaltar que os dados do Caged consideram apenas os trabalhadores com carteira assinada, não incluindo os trabalhadores informais do país.
Dessa forma, os dados não são comparáveis às informações levantadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (PNAD).