O Bolsa Família, programa de política pública que visa atender famílias em situação de vulnerabilidade, trata-se de uma solução para a transformação social, tomando como base o crescimento econômico.
Dessa forma, um novo programa do Bolsa Família tirou 3 milhões de brasileiros da extrema pobreza, coordenado pelo ministro Wellington Dias, que, no terceiro pagamento do ano, efetuou liberação de R$ 150 para crianças menores de 6 anos, além de um benefício de R$ 600.
O novo Bolsa Família restaura os parâmetros traçados em 2003, quando foi criado no primeiro governo do presidente Lula. Principalmente em relação às exigências por contrapartidas, como, por exemplo, a obrigatoriedade do pré-natal para gestantes.
Vale destacar que, no novo Bolsa Família, todas as famílias beneficiárias recebem no mínimo R$ 600. Além disso, as famílias com crianças na faixa etária de até seis anos recebem um adicional de R$ 150 por criança (Benefício Primeira Infância).
Por fim, há um adicional de R$ 50 para cada integrante da família com idade entre 7 e 18 anos incompletos e para gestantes (Benefício Variável Familiar) que será pago a partir de junho de 2023.
A nova versão do programa tem potencial para tirar 3 milhões de famílias da pobreza e aumentar a renda disponível, segundo estudo do economista da FGV Daniel Duque. O economista explicou que, segundo os últimos dados do IBGE, no terceiro trimestre de 2022, 12,47 milhões de brasileiros viviam na extrema pobreza, ou seja, com renda familiar por pessoa de até R$ 208 por mês.
Desse modo, se o novo Bolsa Família tivesse entrado em vigor anteriormente, segundo seus cálculos, 3 milhões de pessoas a menos estariam nessa situação. Com isso, Duque estima que este ano esse número caia para 9,46 milhões.
Além disso, de acordo com uma análise feita pela XP, o Bolsa Família terá um impacto significativo na renda total disponível para as famílias. Em nota da corretora, os economistas Rodolfo Margato e Tiago Sbardelotto esperam que o indicador cresça 3,5% neste ano.
Vale salientar que, destes 3,5%, 1,4 pontos percentuais correspondem à extensão das transferências da proteção social, neste caso o Bolsa Família. Com isso, estima-se que 8,9 milhões de crianças serão beneficiadas com o acréscimo de R$ 150, desde que os pais cumpram os requisitos como frequência escolar e vacinação.
Ao realinhar o Bolsa Família, o governo do PT conseguiu melhorar a situação econômica dos mais vulneráveis, já que a tarifa média dos mais pobres aumenta com o pagamento de adicionais por filho.
Em outras palavras, o valor dos benefícios pode estimular o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Segundo o economista Rodolfo Margato, mais transferências de renda tendem a sustentar o consumo e amortecer a persistente desaceleração dos gastos das famílias.
Segundo o economista, a evolução do consumo das famílias poderia mesmo ter sido negativa não fosse o aumento do rendimento disponível. Em suma, o Bolsa Família se destaca em relação a outros programas de assistência social, com um grande impacto no consumo, sendo um importante impulsionador do crescimento do PIB.