O Governo Federal retomou os pagamentos do Bolsa Família. Depois de um intervalo de pouco mais de um ano sem liberações, o benefício voltou oficialmente para os beneficiários de todo o país.
Mas afinal, como será possível movimentar a quantia do Bolsa Família? Segundo informações do novo Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, as regras de movimentação seguem as mesmas registradas no antigo Auxílio Brasil. Ao menos em um primeiro momento, nada deve mudar neste sentido.
Assim, para movimentar o dinheiro do Bolsa Família, o cidadão pode seguir usando o app do Caixa Tem. Através desta aplicação, é possível pagar contas na forma de boletos, transferir o saldo para outros bancos e até mesmo gerar um código para saques em casas lotéricas, caixas eletrônicos e correspondentes Caixa Aqui.
Além disso, também é possível realizar a movimentação do Bolsa Família através de cartões. No ano passado, o Governo do então presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a entregar mais de 7 milhões de dispositivos com a marca do Auxílio Brasil. Estes objetos seguirão funcionando normalmente.
Segundo informações de bastidores, o novo governo avalia entregar novos cartões com a marca do Bolsa Família ainda no decorrer deste ano. Contudo, a ideia é entregar os novos dispositivos apenas para as pessoas que ainda não receberam nenhum cartão. De um jeito ou de outro, os dispositivos do Auxílio Brasil seguirão funcionando.
Outro ponto que não deve mudar no programa ao menos nos primeiros meses é o valor dos pagamentos do benefício social. Segundo as informações oficiais, o governo deverá manter o patamar mínimo de R$ 600 por família.
No final do ano passado, o Congresso Nacional aprovou a chamada PEC da Transição. Este documento permitiu uma liberação de mais de R$ 145 bilhões dentro do teto de gastos públicos. Este montante é mais do que suficiente para manter o saldo de pagamentos na casa dos R$ 600.
Vale lembrar também que no início deste ano o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou a Medida Provisória (MP) que mantém este valor. Assim, independente da quantidade de integrantes que residem em uma mesma casa, todos os usuários receberão um patamar de R$ 600 mínimos por família.
Neste mês de janeiro não será possível movimentar o adicional de R$ 150 por filhos menores de seis anos de idade. Esta foi uma das principais promessas de campanha de Lula durante as eleições presidenciais do ano passado.
Contudo, o fato é que o novo governo decidiu adiar esta proposta. Em entrevista na última semana, o Ministro do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias
(PT) disse que a ideia é iniciar estes repasses apenas em março.
Assim, os usuários que possuem filhos menores de seis anos de idade terão que esperar ao menos mais dois meses para movimentar o dinheiro deste adicional. O formato de movimentação deste bônus deverá ser o mesmo que hoje é usado para o pagamento regular.