O Governo anunciou a abertura de 150 leitos para atender pacientes infectados com o coronavírus, sendo 24 dessas para CTIs (Centro de Tratamento e Terapia Intensiva). A informação é de Marcelo Lamberti, representante do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro.
Lamberti conta que o Ministério da Saúde no RJ está convocando 3.996 servidores que estão cedidos a outros órgãos e municípios, incluindo 630 médicos.
Será feita uma triagem, para ver quem tem condições de ir trabalhar no Rio, visto que irão atuar diretamente no combate à epidemia do coronavírus. Além disso, o governo federal está contratando 5 mil médicos através do programa Médicos para o Brasil com o intuito de dar o suporte necessário no atendimento aos doentes.
Segundo Lamberti, os leitos serão abertos no Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), em um bloco que está sendo remodelado especialmente para atender aos pacientes infectados pelo coronavírus. Se a situação no estado se agravar, o número pode aumentar para 200 leitos.
“Nós colocaremos o Bloco 1 do HFB. Os pacientes [que lá estão] receberão alta e serão deslocados gradativamente e o prédio será reformado, para que possamos acomodar, em caso de necessidade, os pacientes infectados de Covid. Este bloco já tem um setor de imagem e coleta. As vagas ficarão à disposição da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro, que é o sistema regulador”, disse Lamberti.
O presidente do Cremerj, Sylvio Provenzano, ponderou sobre um assunto pouco discutido. Ele disse que boa parte das vítimas, em países aonde o Covid-19 chegou mais cedo, eram profissionais de saúde, que precisam ter equipamentos de proteção individual (EPI) adequados para preservarem sua própria saúde.
“Não dá para brincar com falta de segurança. Hoje na Europa uma parcela que está adoentada é a dos médicos e dos enfermeiros. Porque há 15 dias estavam cuidando dos pacientes e hoje estão ficando gravemente enfermos. Não queremos que isto se repita na nossa cidade”, disse Provenzano.
Ainda mais um empasse é a falta de médicos intensivistas, se a epidemia se alastrar pelo estado. Por isso, de acordo com Provenzano, a única alternativa é a população se conscientizar do perigo da doença e evitar ao máximo o contato com outras pessoas, ficando em casa nos próximos dias. É preciso tentar a todo custo evitar que a doença se espalhe no Brasil no nível da Itália, por exemplo, pois o sistema de saúde brasileiro poderá entrar em colapso.
Por conta do avanço do COVID-19 (coronavírus) no Brasil, o Ministério da Economia analisou as orientações dadas aos órgãos e entidades da administração pública federal semana passada. A decisão do ministério foi restringir as medidas que deverão ser adotadas no serviço público, com o objetivo de conter a doença.
A pasta, entre outras recomendações, recomenda suspensão de viagens internacionais, suspensão de eventos presenciais com muitas pessoas. A recomendação é que trabalhem remoto para determinados grupos de servidores.
Essas novas recomendações constam de instrução normativa (IN) publicada ontem, terça-feira, 17, no Diário Oficial da União (DOU) com alterações em relação à primeira pasta, divulgada na sexta-feira. Veja o que muda: