Dentro de mais alguns dias, o Governo Federal deverá anunciar um novo projeto de incentivo aos caminhoneiros. De acordo com as informações oficiais, a ideia é criar condições melhores para que os motoristas troquem os seus veículos mais antigos por novos. Os parâmetros para a realização prática do projeto ainda estão sendo discutidos.
O objetivo do Governo Federal é renovar ao menos uma parte da frota de caminhões no Brasil. Dados mais recentes apontam que cerca de 26% dos veículos deste porte que circulam nas estradas do Brasil hoje tenham mais de 30 anos de uso. Boa parte deles sequer atende mais as exigências de segurança dos dias atuais.
A ideia de dar incentivo aos caminhoneiros não é nova. Ainda no final do ano passado, integrantes do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sinalizaram que poderiam trabalhar em um projeto semelhante, com ajuda no processo da troca dos caminhões. Contudo, o programa não foi concluído e acabou travado no final do mandato.
Agora, a atual gestão federal quer anunciar as medidas de incentivo aos caminhoneiros até o início da próxima semana. A ideia é que este projeto esteja dentro do plano do Governo de barateamento dos carros populares, que está sendo finalizado pelo Ministério da Fazenda, e que deverá ser anunciado nos próximos dias.
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) está fechando os últimos pontos tanto do projeto de barateamento dos carros populares, como também de incentivo aos caminhoneiros. Ele teve um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para discutir estes dois temas na tarde desta quinta-feira (1). O presidente, aliás, já teria dado o aval para a aprovação das medidas.
A relação do governo Lula com os caminhoneiros não é das mais tranquilas. Logo depois do resultado das eleições presidenciais de 2022, parte destes trabalhadores chegou a protestar fechando estradas em vários pontos do Brasil. Hoje, no entanto, não há previsão de protestos contra o Governo Federal.
Nesta gestão de Lula, por exemplo, o Auxílio-caminhoneiro deixou de ser pago oficialmente para estes trabalhadores. O saldo em questão era concedido durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro e fazia pagamentos de R$ 1.000 para todos os usuários do projeto. A atual gestão afirma que não manteve os pagamentos por uma questão de respeito às contas públicas.
Por outro lado, o Governo Federal sinalizou aos caminhoneiros no processo da desoneração do preço do diesel até o final deste ano. Trata-se de uma medida que foi tomada ainda durante a gestão do ex-presidente Bolsonaro, e que deve ser mantida até dezembro. A decisão impacta diretamente os preços do combustível, que seguem mais baratos.
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) anunciou recentemente um pacote de medidas que visam a redução dos preços dos carros populares no Brasil. De acordo com ele, o projeto está pronto, mas ainda precisa ser analisado pelo Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad.
O Ministério ainda precisa estabelecer com mais clareza quais serão os critérios adotados para a redução do preço dos carros. Além disso, também será preciso definir uma nova fonte de arrecadação, já que o Governo vai abrir mão de impostos para manter este novo programa.
Na versão inicial do projeto ficou definido que o os preços dos carros populares poderão ter redução de 1% até 10% em seus preços. A expectativa do Governo Federal é de que os automóveis possam passar a custar algo em torno dos R$ 60 mil. Hoje, o carro popular mais barato custa cerca de R$ 78 mil. Haddad já adiantou que o programa terá uma curta duração. Segundo o Ministro, a ideia é manter a isenção por um período de três ou quatro meses.