Na última sexta-feira (05), o governo federal, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça, enviou uma série de questionamentos ao WhatsApp. O órgão pede que a empresa e o seu dono, Facebook, expliquem as alterações na política de privacidade do app de mensagens.
A Senacon fez 10 questionamentos ao WhatsApp que deve se explicar sobre as alterações que serão obrigatórias a partir de maio. (Entenda mais sobre a nova política de privacidade abaixo). O prazo para resposta é de 15 dias, isso contando após o recebimento da notificação.
Ainda ao G1, o WhatsApp afirmou que “está à disposição para prestar os esclarecimentos necessários à Senacon”.
Veja sobre o que a Senacon pede explicação:
Veja os dados que devem ser compartilhados do WhatsApp com o Facebook.
O governo brasileiro não é o primeiro a questionar a empresa, em janeiro a Índia chegou até a pedir o cancelamento da nova política de privacidade.
A nova política de privacidade do WhatsApp passaria a valer em fevereiro, em primeiro comunicado. Com a repercussão negativa, a empresa adiou para 15 de maio.
A nova política de privacidade obriga o usuário a compartilhar automaticamente os seus dados com o Facebook. Os dados, porém, não incluem o teor das conversas.
O aplicativo de mensagens já vinha enviando uma notificação para os usuários desde o início do ano.
“Ao tocar em aceito, você concorda com os novos termos e com a política de privacidade, que entram em vigor em 8 de fevereiro de 2021“, dizia a notificação. “Depois dessa data, você precisará aceitar as atualizações para continuar usando o WhatsApp. Você também pode visitar a Central de Ajuda se preferir apagar a sua conta e desejar obter mais informações”, completava.
De acordo com o aplicativo, a extensão do prazo deve servir para que os usuários “tenham mais tempo de entender a política”.
Repercussão negativa de uns, sortes de outros. Neste mesmo cenário, o aplicativo Signal viu seus downloads crescerem rapidamente. O chefe da empresa chegou até dizer que contrataria mais funcionários.