Segundo informações do jornal O Globo, o setor político do governo vem trabalhando para conseguir prorrogar o pagamento do Auxílio Emergencial. Nesse sentido, o programa seguiria até dezembro com os valores atuais e, depois, com menores quantias, de forma gradativa em 2022.
Assim, a justificativa do setor é que um corte inesperado do benefício deixariam muitos cidadãos desamparados. é importante lembrar, portanto, que o benefício contempla cerca de 45 milhões de cidadãos brasileiros atualmente.
Então, com o processo de renovação do programa, o governo pretender reduzir de forma mensal as parcelas em 2022. Na teoria, o processo de redução dos valores se compensaria com a recuperação e o reaquecimento do setor econômico pós-pandemia.
Indo adiante, especula-se que todos os esforços para a nova extensão do benefício ocorrem em duas frentes. Isto é, uma envolve o desenvolvimento de estudos de viabilidade e a outra ainda vem se articulando discretamente no Congresso Nacional.
Ademais, de acordo com o Globo, o Ministério da Cidadania, por meio do ministro João Roma, vem se reunindo com diversas lideranças do Congresso. A intenção, portanto, é que o processo tenha aprovação até o fim de outubro, antes do término do pagamento das parcelas atuais.
Em meio a tantas questões sobre a implantação do Auxílio Brasil, a possibilidade de uma nova extensão do Auxílio Emergencial se mostra mais possível. Contudo, a prioridade seria o novo programa social do governo para substituir o Bolsa Família a partir de novembro.
Com a aproximação da data de encerramento do programa, a pressão popular e de alguns parlamentares vem se intensificando para uma nova prorrogação do pagamento do benefício.
Sem uma solução para possibilitar a correta implantação do Auxílio Brasil e com o processo eleitoral do próximo ano chegando cada vez mais perto, a opinião do Governo Federal sobre uma possível renovação do Auxílio Emergencial pode mudar.
É importante relembrar que, anteriormente, um processo de extensão do benefício já tinha sido descartado por membros da equipe econômica do governo. No entanto, muita coisa mudou desde o acontecimento.
A equipe técnica do ministro Paulo Guedes, portanto, já demonstrou que está disposta a ser mais flexível com os gastos públicos e para garantir a reeleição de Bolsonaro. Pode-se citar, por exemplo, o encaminhamento de propostas como o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) dos Precatórios, ou seja, dívidas judiciais.
Alguns parlamentares, inclusive, chamam a segunda de PEC do calote, de forma a criticar a articulação da equipe técnica do governo para abrir espaço fiscal para o próximo ano. Desse modo, o Governo Federal necessita de efetuar o pagamento de R$ 89 bilhões aos seus credores, mas indica que não pode efetuar o pagamento a fim de conseguir recursos para a implantação do novo programa social ainda este ano.
A aprovação destas medidas se mostram como cruciais para a gestão do governo de Bolsonaro. Ademais, neste momento de popularidade enfraquecida, a necessidade fica ainda maior. No entanto, nos últimos dias, o atual presidente vem limitando suas declarações quando o assunto é o conflito entre os Poderes.
Mesmo após a reabertura do setor econômico, a recuperação do cenário vem caminhando lentamente. Atualmente, os índices de inflação no país vem consumindo grande parte da renda da população, o que diminui ainda mais a confiança do consumidor.
Assim, o cenário vem fragilizando a cada dia mais a popularidade de Bolsonaro, que já se encontrava em baixa devido problemas na gestão da pandemia e atraso no Programa Nacional de Imunização. Portanto, o investimento em programas sociais pode ser a maneira de sanar o problema.
A manchete sobre a queda abrupta das previsões de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) publicadas recentemente pelo jornal O Estadão conseguiu alterar os ânimos de alguns governantes do Brasil. O fato, então, acarretou no surgimento de diversos projetos com o objetivo de destravar o Orçamento para o próximo ano.
Contudo, a diminuição das projeções para o próximo ano surgiu como um obstáculo. Isto é, impactando diretamente os planos dos aliados a gestão. Assim, a queda das projeções do PIB vem demonstrando cenário crítico, já que resulta no agravamento de taxas de juros mais altas.
Nesse sentido, o ministro Paulo Guedes já demonstrou sua frustração e indignação com a situação atual. De acordo com o ministro, junto da redução das projeções se formou um movimento com a finalidade de aumentar a pressão política contra o atual governo de Bolsonaro.
Contudo, apesar das especulações atuais, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, principal responsável pela criação das estimativas no Orçamento, manteve sua projeção de alta de 2,5% para o próximo ano. Dessa forma, a gestão acabou fazendo uma aposta arriscada. Isto é, visto que rompeu um alinhamento que todas as outras gestões tiveram entre expectativas do governo e do mercado.
Diante deste embate de projeções, Adolfo Sachsida, secretário da SPE, se pronunciou por meio de uma nota. Na ocasião, então, o secretário optou por confrontar o movimento de mercado. A gestão atual, portanto, continua contando com o processo de vacinação em massa para tentar reaquecer o setor econômico.
Além disso, o governo critica de forma contínua das projeções do mercado e vem enfrentando alguns problemas de comunicação. Nesse sentido, mesmo depois de uma confirmação do Ministério da Cidadania em conjunto com o Ministério da Economia, houveram novas declarações.
Isto é, os órgãos explicaram que o valor do Auxílio Brasil será de R$ 300. Contudo, o presidente Jair Bolsonaro veio novamente a público pedir ao ministro Paulo Guedes que o valor pago seja mais alto.
Assim, os problemas de comunicação e os erros frequentes encontrados na gestão do presidente são fatores que vem alimentando certas incertezas. Estas, então, possuem a capacidade de reduzir ainda mais as projeções do PIB em para o próximo ano.