Economia

Governo Federal bate o martelo e decide voltar com Programa Cisternas; veja como funciona

O Governo Federal anunciou a retomada do Programa Cisternas, uma iniciativa que visa criar estruturas para o armazenamento de água durante os períodos de chuva, beneficiando famílias que enfrentam longos períodos de seca em diferentes regiões do Brasil.

Governo Federal investe R$ 562 milhões para retomar o Programa Cisternas e ampliar o acesso à água

O programa, que passou por dificuldades nos últimos anos, recebeu um investimento significativo de R$ 562 milhões para a implantação de cisternas de consumo e produção de alimentos no semiárido. Bem como, sistemas individuais de acesso à água na Amazônia.

Programa Cisternas: a volta da esperança para comunidades afetadas pela seca

Essa iniciativa tem o objetivo de construir estruturas para o armazenamento de água durante a estação chuvosa. Assim, beneficiando famílias que vivem em regiões com histórico de longos períodos de seca e fornecendo acesso a água potável em áreas desassistidas.

Contudo, nos últimos anos, o programa sofreu uma drástica redução em sua capacidade, mas com o novo investimento, o governo espera reverter essa situação.

Editais para o semiárido e a Amazônia

Para ampliar o acesso à água em regiões específicas, foram lançados dois editais. Em suma, o primeiro, direcionado ao semiárido, recebeu um investimento de R$ 400 milhões para a construção de 51.490 cisternas de consumo e produção de alimentos, segundo informações oficiais do Governo Federal.

Dez estados serão contemplados: todos os nove estados do Nordeste, além de Minas Gerais. Desse modo, a meta é construir 47.550 cisternas de consumo, com capacidade para 16 mil litros, e 3.940 tecnologias para acesso à água destinadas à produção de alimentos.

Em paralelo, o segundo edital abrange a região da Amazônia e tem como objetivo atender 3,7 mil famílias por meio de sistemas individuais e comunitários de acesso à água. Nesse caso, também está prevista a destinação de assistência técnica e serviços de acompanhamento para, no mínimo, 30% das famílias beneficiadas.

De forma sucinta, as tecnologias adotadas na Amazônia incluem a captação de água de chuva e de fontes complementares. Especialmente importante para comunidades ribeirinhas e reservas extrativistas com dificuldade de acesso à água potável. Além disso, a instalação sanitária domiciliar, com fossa séptica, chuveiro, vaso sanitário e pia, também faz parte do pacote de tecnologias.

Redução de doenças e geração de renda

A secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Lilian Rahal, destaca a importância das tecnologias para a redução de doenças relacionadas à água na região amazônica. Além disso, a implementação desses equipamentos pode contribuir para o combate ao desmatamento e para a geração de renda para as famílias beneficiadas.

Governo Federal investe R$ 562 milhões para retomar o Programa Cisternas. Imagem: Pixabay

Distribuição regional: atendendo comunidades em diversos estados

A distribuição das tecnologias contempla diferentes estados da Amazônia. O estado do Pará será o principal beneficiado, com a implantação de 1.300 sistemas em seis municípios: Altamira, Curralinho, Porto de Moz, Prainha, Santarém e São Sebastião da Boa Vista.

Conforme informações oficiais, o Amazonas receberá 1.200 unidades em 11 cidades. Assim, incluindo Alvarães, Boca do Acre, Carauari, Fonte Boa, Japurá, Juruá, Lábrea, Manicoré, Pauini, Tapauá e Tefé.

Desse modo, no Acre, outros 700 sistemas serão instalados em Jordão, Manoel Urbano, Marechal Thaumaturgo, Sena Madureira e Tarauacá. Já o Amapá receberá 500 tecnologias nas localidades de Mazagão, Laranjal do Jari e Vitória do Jari.

Impacto financeiro: o investimento e o alcance social

Com a soma dos investimentos nos dois editais, o Programa Cisternas contará com R$ 500 milhões para a construção das tecnologias. Segundo dados oficiais, somente em 2023, o governo investirá mais de R$ 562 milhões no programa, beneficiando aproximadamente 60 mil famílias em diferentes regiões do Brasil. Portanto, essa iniciativa é uma importante medida para o cidadão em diversas vertentes, sendo uma forma de inclusão social para muitas famílias.