O Governo Federal está estudando neste momento a criação de um novo auxílio para os próximos meses. Seria um programa que pagaria uma bolsa de R$ 250 por mês para crianças e adolescentes que perderam pelo menos um responsável para a Covid-19.
De acordo com essas informações de bastidores, a ideia é fazer esses pagamentos de forma mensal até que a criança ou adolescente complete 18 anos de idade. Ainda não há nada de oficial sobre o tema, mas sabe-se que as conversas sobre o assunto estão amadurecendo no Palácio do Planalto.
Segundo informações da imprensa, o Governo quer fazer esses pagamentos dentro do novo Bolsa Família. Então os repasses acabariam surgindo como um adicional para as pessoas que irão receber as parcelas do programa. Dessa forma, os pagamentos começariam assim que o novo projeto estreasse.
Pelas contas do Governo Federal, existem hoje cerca de 68 mil crianças e adolescentes que perderam um pai, uma mãe ou os dois para a Covid-19. A grande parte delas está sem nenhum tipo de ajuda ou pelo menos teve um comprometimento grande da renda.
Cerca de 35 mil famílias estão passando por essa situação neste momento. Vale lembrar que aqui se considera apenas as pessoas que estão em situação de vulnerabilidade. O número de brasileiros que perderam parentes vítimas da Covid-19 é, como se sabe, bem maior.
Diante dessa situação muita gente pode estar se perguntando como fazer para se inscrever no programa. No entanto, como dito, isso ainda se trata de uma ideia que está circulando dentro do Palácio do Planalto. Pode ser que o projeto vá para frente e pode ser que não.
No entanto, mesmo que o programa passe a existir na prática, é pouco provável que eles abram uma inscrição para isso. É que eles tendem a usar o Dataprev para escolher quem recebe e quem não recebe o dinheiro. Pelo menos essa é a principal tendência.
É pelo Dataprev que o Governo vai analisar os dados do Cadúnico e de outras bases de informações. É por aí que o Planalto vai conseguir descobrir quem ficou órfão durante essa pandemia e quem está de fato precisando de dinheiro da União neste momento.
Depois de muita discussão sobre o que fazer no segundo semestre, o Governo aparentemente bateu o martelo sobre o assunto. De acordo com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, a ideia inicial é prorrogar o Auxílio Emergencial por mais dois ou três meses.
Logo depois desse período, o novo Bolsa Família deve entrar em cena. O programa deverá retornar em uma versão notadamente maior. Os valores médios, por exemplo, deverão subir dos atuais R$ 190 para R$ 300. Pelo menos essa é a ideia do Palácio do Planalto.
Além do aumento nos pagamentos, é muito provável que o programa passe a atender mais pessoas. Hoje, de acordo com o Ministério da Cidadania, o Bolsa Família chega na casa de cerca de 14 milhões de brasileiros. Com as mudanças, esse número pode subir até para 27 milhões de cidadãos. Pelo menos é isso o que alguns membros do Palácio do Planalto estão defendendo.