Economia

Governo estuda como aumentar proteção social sem esbarrar em comprometimento fiscal

Para amenizar os efeitos negativos da pandemia do novo coronavírus na economia, o governo criou uma série de medidas emergenciais. Uma das mais populares e que abrange um grande número de brasileiros é o auxílio emergencial. Entretanto, o governo agora tem a tarefa de equilibrar a real necessidade de investimentos sem esbarrar no comprometimento fiscal.

Uma das principais apostas do governo Bolsonaro para continuar a política de proteção social é a criação do programa Renda Brasil. O objetivo é lançar o programa no início de 2021, quando não haverá mais auxílio emergencial. Ele irá substituir o Bolsa Família. Continuar com um programa de transferência de renda será essencial para minimizar a crise econômica e conter o aumento da pobreza no Brasil.

De acordo com o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), que foi encaminhado pelo governo ao Congresso semana passada, deve haver déficit de R$ 233,6 bilhões ano que vem, com despesa líquida de R$ 1,2 bilhão e despesa de R$ 1,5 bilhão.

Entre as despesas que o governo tem decisão sobre o destino, estão previstos R$ 92 bilhões, de um total de gastos de R$ 1,5 trilhão. O número ainda não leva em conta o Renda Brasil; a equipe econômica do governo atualmente está fazendo cálculos sobre o programa. De acordo com recentes estudos, programas como o auxílio emergencial foram os pilares para frear o crescimento da pobreza no Brasil e aumentar a renda da parcela mais vulnerável da população.