Neste momento, a equipe econômica do governo federal está trabalhando de maneira dobrada. O motivo: por lei, eles precisam enviar ao Congresso Nacional até o final desta semana o plano de orçamento para o ano de 2025. Trata-se do documento que vai detalhar todas as projeções de despesas do poder executivo para o próximo ano, incluindo benefícios sociais como o Bolsa Família, por exemplo.
O Bolsa Família é o maior programa de transferência de renda do país. De acordo com as informações do Ministério do Desenvolvimento Social, esse benefício atende atualmente mais de 20 milhões de pessoas de todas as regiões do Brasil. Os valores médios variam em torno dos R$ 680.
No plano do orçamento que o governo federal deverá enviar ao congresso nacional na próxima sexta-feira (30), deverá se tornar mais clara a indicação dos valores do Bolsa Família para o próximo ano. Afinal de contas, esse benefício social será elevado, será reduzido, ou permanecerá no mesmo patamar atual?
Atualmente, o Bolsa Família realiza pagamentos de R$ 600 por família. Esse valor, no entanto, pode variar a depender da quantidade de benefícios internos e que cada cidadão tem direito. Abaixo, você pode conferir a lista completa de adicionais que estão sendo pagos nesse benefício social neste momento:
Como dito, o Ministério do Planejamento, pasta responsável pela liberação do plano de orçamento, ainda não comenta oficialmente o que vai acontecer com a sua distribuição de gastos para o próximo ano. Por isso, ao menos do ponto de vista oficial ainda não é possível cravar o valor do Bolsa Família para 2025.
Contudo, informações de bastidores indicam que o mais provável é que o benefício seja mantido no mesmo patamar. Isso significa que os usuários poderiam seguir recebendo uma base de R$ 600 por mês, mais os adicionais que também não seriam reajustados para 2025.
Essa informação, aliás, também já foi confirmada pelo Ministro do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias (PT). Entre outros pontos, ele defendeu que a manutenção do valor não significaria necessariamente que os usuários teriam uma perda do poder de compra.
“Não há nenhum estudo [de reajuste], nenhum levantamento, porque dentro da realidade, nesse momento do Brasil, nós temos o poder de compra preservado. É possível comprar, com o valor que pagamos no ano passado, os produtos necessários com base na cesta de alimentos, os produtos de primeira necessidade para estas famílias”, disse Dias.
Ao mesmo passo, o ministro do Desenvolvimento Social também disse que essa é uma indicação que ainda pode ser alterada. De acordo com ele, caso o governo federal entenda que a inflação vai subir mais do que o esperado nesse ano de 2024, a discussão sobre um reajuste do Bolsa Família para o ano de 2025 poderá entrar em pauta.
“Claro que também estamos atentos, qualquer momento que tiver a necessidade … O presidente quer garantir que os mais pobres tenham não só o benefício, mas o poder de compra adequado para que a gente possa alcançar um objetivo de tirar o Brasil do Mapa da Fome e fazer disso também um instrumento para a promoção da dignidade”, afirmou o ministro.