A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) autorizou que os remédios tenham aumento de até 5,21%. A medida estava prevista para valer em abril, mas foi adiada em dois meses.
Agora, o reajuste já pode ser aderido pelas farmacêuticas. A autorização foi dada no Diário Oficial da União de segunda-feira, 1º de junho, em edição extra.
No fim de março, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) havia anunciado um acordo com a indústria farmacêutica para que o reajuste de todos os remédios, que acontece anualmente, fosse adiado em 60 dias. O motivo do adiamento foi a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.
Esse reajuste seria de cerca de 4% e entraria em vigor no dia 1º de abril, de acordo com a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos. Esse acordo havia sido feito com a Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac).
Nesta terça-feira, 2 de junho, o Sindicato da Indústria Farmacêutica (Sindusfarma) divulgou nota ao Valor sobre o assunto. O Sindusfarma afirmou que o aumento do preço dos remédios “é absolutamente necessário para viabilizar a operação da indústria farmacêutica no país, garantindo assim o fornecimento normal de medicamentos para a população”.
A entidade alega ainda que o reajuste pode repor os aumentos de custo em 2019 e decorrentes da pandemia.