Nesta segunda-feira, 14, os ministros Joaquim Levy, da Fazenda, e Nelson barbosa, do Planejamento, estão anunciando o pacote do governo para conter gastos na faixa dos 60 bilhões de reais. E uma das medidas está o corte de concursos públicos para o ano de 2016.
A proposta inclui a não realização de concursos públicos nos três poderes em 2016 no âmbito da União. Essa é, seguramente, uma notícia que preocupa. Claro que as propostas, evidentemente, ainda precisam ser aprovadas no Congresso, mas há um risco real de que isso efetivamente ocorra.
Apesar do possível “congelamento”, não é hora de desanimar, em especial abandonar os estudos. A medida de contingenciamento não perdurará para sempre. Pelo lado positivo da proposta, o ano de 2016 em “branco”, muitas vagas ficarão em aberto, pois um percentual dos atuais servidores públicos logicamente irá se aposentar.
Aliás, entre as medidas anunciadas, está o corte do Abono Permanência. Isso significará que muitos servidores que já podem se aposentar irão perder esse benefício. Logo, mais aposentadorias irão ocorrer neste período.
E em 2017? Muitas vagas estarão disponíveis para serem preenchidas. Por isso, abandonar os estudos não é uma ideia viável. Além do que, é importante frisar que os concursos estaduais não são afetados com essas medidas, que só valem para a União. Além disso, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ainda precisa ser aprovada. Nada está definido ainda, apesar do anúncio.
O momento é de reflexão e da adoção de uma visão estratégica de longo prazo. Quem conseguir enxergar um pouco mais no futuro e não deixar o ritmo de preparação decair vai se dar melhor quando o contexto mudar. Pensem nisto!
Em 2011 tivemos anúncio de suspensão de concursos de forma semelhante e o que aconteceu na prática? Houve uma redução, mas ainda assim novos concursos aconteceram. Nos meses seguintes após decisão da suspensão, as nomeações foram ocorrendo, assim como novos concursos foram autorizados e realizados mais adiante, e o ano terminou com a liberação de 24.745 vagas apenas no Poder Executivo. No fim das contas, o corte anunciado não foi tão radical assim, e muitas oportunidades foram abertas na esfera federal.
Temos atualmente órgãos federais que necessitam URGENTEMENTE de concursos públicos, como o INSS(veja aqui). Vale lembrar ainda que empresas estatais, como Correios e Banco do Brasil, não são afetados pela suspensão anunciada pelo Governo federal.