Você já imaginou precisar apresentar a versão nacional do RG para garantir a participação em programas sociais? Esta medida, que começa a valer em breve, promete transformar como milhões de brasileiros acessam benefícios públicos.
Com etapas rígidas, datas decisivas e algumas exceções, o processo desperta dúvidas e mexe com a rotina de quem depende desses auxílios no dia a dia.
A seguir, confira como a exigência do novo documento impacta beneficiários, quais datas marcar no calendário e por que o cuidado com a biometria está no centro da estratégia do governo.
A obrigatoriedade do registro biométrico e da Carteira de Identidade Nacional (CIN) para acesso a benefícios sociais, como Bolsa Família e INSS, estabelece um novo padrão a partir de maio. Segundo informações do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), qualquer novo beneficiário que não possua biometria cadastrada será orientado a emitir a CIN como documento aceito, independentemente de já possuir outros documentos, como CNH ou cadastro eleitoral.
A CIN vem para substituir gradualmente o antigo RG estadual, unificando o sistema de identificação em todo o país. A medida busca elevar o nível de segurança das informações e bloquear tentativas de fraudes detectadas em programas de distribuição de renda. Estima-se que mais de 68 milhões de brasileiros recebam algum benefício que exige biometria, e cerca de 84% desse público já está regularizado em alguma base oficial.
O governo estabeleceu um cronograma dividido em quatro grandes etapas, com obrigações e prazos definidos para emissão e validação da biometria. Confira os principais marcos:
| Situação | 21/11/2025 | 1º/5/2026 | 1º/1/2027 | 1º/1/2028 |
|---|---|---|---|---|
| Novos beneficiários com biometria | OK | OK | OK | OK |
| Novos beneficiários sem biometria | Precisa de CIN, CNH ou TSE | OK | OK | – |
| Revisão de benefícios atuais (com biometria) | OK | OK | OK | OK |
| Revisão de benefícios atuais (sem biometria) | Precisa de CIN, CNH ou TSE | Precisa de CIN, CNH ou TSE | OK | – |
A atualização dos dados será feita principalmente durante procedimentos de manutenção dos benefícios, como a prova de vida. O governo garantiu que não haverá bloqueio imediato em caso de ausência do novo documento, dando tempo ao beneficiário para procurar os institutos de identificação estaduais ou do Distrito Federal.
Quando detectada ausência de biometria, o beneficiário será comunicado com antecedência. Para quem não se enquadrar nas exceções, será necessário comparecer presencialmente para coleta das informações biométricas e emissão da CIN. Em caso de dificuldade para coleta das impressões digitais, será possível utilizar a biometria facial.
A portaria publicada pelo Ministério da Gestão e Inovação lista situações em que grupos específicos ficam dispensados da obrigatoriedade, enquanto não houver oferta adequada de atendimento governamental. Os grupos prioritários são:
A dispensa será válida somente mediante apresentação dos documentos exigidos para comprovar a condição prevista.
O principal argumento para a implementação da obrigatoriedade é o aperfeiçoamento da segurança no acesso e concessão aos programas sociais. Com a integração das bases nacionais, é esperado que fraudes comuns, como dupla inscrição ou uso de documentação falsa, sejam drasticamente reduzidas.
A comunicação individualizada, anunciada pela ministra Esther Dweck, busca evitar aglomerações e deslocamentos em massa, garantindo que cada cidadão seja informado no tempo certo sobre a necessidade de atualização dos seus dados biométricos. Importante ressaltar que não haverá corte imediato dos benefícios para quem não atualizar a documentação, desde que o processo de transição prevista seja seguido.
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Assista ao vídeo abaixo e confira informações sobre a nova CIN: