Na manhã desta quinta-feira (3) a Polícia Federal iniciou uma operação ao combate de fraudes na Caixa Econômica Federal envolvendo o uso de documentos falsos e pagamentos via Pix. De acordo com a PF, o prejuízo estimado chega a R$ 1 milhão.
Desta maneira, a Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão, expedidos pela 17ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária da Bahia. Um dos mandados foi na cidade de Salvador, capital do estado, e o outro no município de Feira de Santana. Além disso, outras medidas cautelares foram deferidas e estão em fase de implementação.
A polícia não entrou em grandes detalhes sobre como essa fraude envolvendo o Pix era praticada, no entanto, afirmou que o delito foi apurado com previsão no Artigo 171, §3º do Código Penal.
O Artigo 171 fala sobre o Estelionato, que consiste em: “Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento”. Já o § 3º do artigo caracteriza o delito como fraude eletrônica, e agrava a pena em devido ao crime ter sido cometido em detrimento de instituto de economia popular (Caixa).
As fraudes do Pix são cada vez mais frequentes, e por isso, é muito importante ficar atento. Os criminosos utilizam-se das técnicas de engenharia social para enganar as vítimas e roubar dinheiro. Confira a seguir os golpes mais comuns do Pix, e se proteja deles.
Primeiro, existe o golpe do funcionário do banco. Nesse tipo de golpe os criminosos fazem contato com a vítima se passando por um funcionário de alguma instituição financeira. Desta maneira, o golpista oferece “ajuda” à vítima, para realizar o cadastro de uma chave Pix. Além disso, eles também podem dizer que um teste é necessário para realizar o cadastro.
Outro golpe comum se dá por um SMS falso. Através da mensagem, o fraudador solicita que o “cliente” entre em contato com a central, que é um falso 0800. Nessa falsa central, a vítima é induzida a informar seus dados bancários e senha, o que permite acesso às informações do extrato bancário.
Com essas informações, o criminoso sabe quais foram as últimas operações realizadas pela conta, e utiliza delas para ganhar a confiança da vítima. Em seguida, ele menciona supostos débitos e transações Pix de alto valor que a conta da vítima teria feito.
Com isso, o criminoso finaliza o golpe pedindo que essas mesmas operações Pix sejam feitas para os mesmos destinatários, para que cancelem ou estornem o dinheiro. Essa é uma indução para que a vítima realize transferências para contas vinculadas ao golpista
No dia 25 de julho mais uma pessoa foi vítima do golpe do Pix no Brasil. O caso aconteceu com uma mulher de 51 anos, residente de Coronel Fabriciano, no interior de Minas Gerais.
A vítima mora na Rua Cirineu Teixeira Benevides, no Bairro Alipinho, e registrou um Boletim de Ocorrência no 58º Batalhão da Polícia Militar. Segundo a mulher, ela perdeu R$ 4.410 no total via Pix para um golpista que se passou por sua filha no WhatsApp, alegando que seu celular estava danificado.