O golpe do cartão clonado é muito antigo e conhecido, mas mesmo assim continua ocorrendo com frequência no Brasil atualmente. Sendo assim, na tentativa de proteger os clientes, as instituições financeiras investem bastante dinheiro na prevenção contra fraudes desse tipo.
Nesse sentido, segundo Adriano Volpini, diretor de cibersegurança da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), os bancos investiram cerca de R$ 3,5 bilhões em segurança no ano passado. Sendo assim, isso demonstra que 10% dos orçamentos foram voltados para a tecnologia.
Segundo a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), 3,65 milhões de brasileiros foram vítimas do golpe do cartão clonado no ano de 2019. Dessa forma, é muito importante que o consumidor fique atento a algumas situações para evitar esse tipo de golpe. Confira a seguir.
Primeiro, é importante destacar que a clonagem de fato do cartão é uma coisa antiga, que não ocorre mais atualmente. Isso porque os chips modernos não possibilitam que o cartão seja clonado ao colocar na maquininha.
Sendo assim, o golpe do cartão “clonado” que ocorre nos dias atuais consiste em fraudes de vazamento de dados, que comprometem o cartão. Com isso, uma dica muito importante é nunca compartilhar dados do cartão em redes sociais. Além disso, o usuário deve evitar links enviados por estranhos, páginas suspeitas e cadastramento do cartão em aplicativos não confiáveis.
Sempre acompanhar a fatura do cartão de crédito também é uma dica muito válida, pois assim o usuário consegue identificar se o cartão está sendo utilizado por outra pessoa. Ao perceber compras estranhas na fatura, o cliente deve entrar em contato com o banco imediatamente para bloquear o cartão, evitando que o golpe cause prejuízos maiores.
O golpe envolvendo o cartão de crédito, inclusive, pode ser evitado com a utilização do cartão virtual. O recomendado é nunca cadastrar o cartão físico em sites, e nunca salvar informações de cobrança no navegador. Isso porque links e malwares podem roubar essas informações facilmente.
Além disso, caso o golpe seja identificado, o cartão virtual pode ser deletado instantaneamente através do aplicativo do banco, processo mais rápido do que o bloqueio do cartão físico.
Outro tipo de golpe muito comum atualmente é o chamado “Golpe do robô do Pix”, no qual os criminosos enganam as vítimas mais desatentas através de retornos financeiros rápidos. Para isso, eles se utilizam de uma técnica chamada de engenharia social, na qual um contato é feito com as vítimas através de mensagens ou anúncios em redes sociais. Em seguida, os golpistas oferecem oportunidades de investimento com retornos absurdos, requisitando um Pix para conta desconhecida.
Os criminosos enganam as vítimas dizendo que esse dinheiro inicial enviado através do Pix funciona como caução, e que será devolvido após o início das transações. É criada uma atmosfera de pressão, e a promessa de ganhos fáceis faz com que as pessoas acabem caindo no golpe do Pix. Após conseguir certa quantia de dinheiro, os golpistas cortam contato e desaparecem.
Desta maneira, é muito importante saber que investimentos reais não prometem retornos surrealmente altos em um curto espaço de tempo, para evitar esse tipo de golpe. Além disso, o usuário deve sempre desconfiar de qualquer oferta de dinheiro fácil, que pareça boa demais para ser verdade.