Ippon, Wazari, Yuko… se você tem algum nível de proximidade com o mundo de esportes, sabe que estas são as três principais pontuações do judô. Mas para ganhar dinheiro com a moeda desta modalidade não é preciso suar a camisa e nem derrubar o adversário no chão.
Com um golpe de sorte, você pode encontrar a moeda olímpica do judô em um trocado no comércio, por exemplo. Isso acontece porque a peça ainda possui valor monetário, e está circulando pelo nosso comércio agora mesmo.
Caso a sua moeda olímpica do judô tenha algumas características específicas, é possível que ela seja vendida por ainda mais dinheiro. Ao menos é isso o que apontam os catálogos numismáticos mais atualizados.
Como dito, as moedas olímpicas do judô fazem parte de uma família de peças produzidas pelo Banco Central (BC) como forma de homenagear os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, realizados há quase 10 anos na capital carioca.
Esta peça conta com algumas características especiais. Para ajudar neste processo de identificação, vamos listar abaixo alguns dos principais detalhes do exemplar:
Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro foram realizados em agosto daquele ano na cidade do Rio de Janeiro. Aquela foi a primeira vez que uma edição olímpica foi realizada na América do Sul. Quase todas os países do mundo enviaram atletas aos jogos em questão.
Naquela ocasião, o evento foi realizado em um contexto de grande ebulição política no país, já que a então presidente Dilma Rousseff (PT) foi retirada do cargo de chefe do executivo apenas alguns dias antes dos Jogos. Quem abriu a Cerimônia de Abertura foi o seu vice-presidente, Michel Temer, que tinha acabado de assumir o poder.
Antes de toda esta polêmica, o Banco Central (BC) decidiu lançar as moedas comemorativas, que viraram uma espécie de febre entre os colecionadores. A cada ano que passa, os exemplares se tornam mais raros, e já podem ser vendidos por um alto valor quase dez anos depois da realização dos Jogos.
Mas afinal de contas, quanto valem as moedas olímpicas do judô neste ano de 2025?
Tomando como base os catálogos numismáticos mais atualizados, os valores podem ser diferenciados caso as peças contem com uma característica específica conhecida no meio da numismática como reverso horizontal.
Essa, aliás, é uma característica catalogada não apenas nas peças do judô, mas em moedas de diversas outras modalidades. Veja na imagem abaixo:
Mas afinal de contas, o que seria uma moeda com reverso horizontal? Para entender esta pergunta, é necessário saber que o Brasil adota um sistema de padrão reverso moeda, ou seja, eixo horizontal (EH). As moedas que fogem deste padrão exigido são conhecidas como reverso horizontal, e são consideradas muito raras.
Basicamente, as moedas com reverso horizontal são aquelas que possuem o reverso com alinhamento contrário ou horizontal ao alinhamento original. Na prática, para saber se uma moeda tem este defeito, basta segurar a peça com a face em posição normal virada para você. Logo depois, basta girar de baixo para cima.
Se o outro lado estiver de cabeça para o lado, estamos falando de uma moeda com reverso horizontal, ou seja, uma peça valiosa. Vale frisar que qualquer item pode ser reverso horizontal. Até mesmo centavos podem ter este tipo de defeito. Em todos os casos, a peça poderá valer mais.
“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry.