O mundo Árabe é uma denominação utilizada para classificar os países que falam árabe, geograficamente essa região se estende do Oriente Médio ao norte da África. Além do idioma, as tradições culturais e o Islamismo como religião predominante são características marcantes desses povos, a produção de petróleo é de longe a atividade econômica mais importante da maioria dos países dessa região.
As duas primeiras décadas do século XXI foram marcadas por muitas tensões no mundo Árabe, principalmente nos países do Oriente Médio, crises migratórias, ataques terroristas, conflitos diplomáticos e/ou armados com os EUA, entre outros. No entanto existe uma potência econômica que tem se beneficiado desses acontecimentos e aproveitado para expandir sua presença na região, se tornando um dos principais parceiros econômicos dos países árabes.
Esse país é a China, que se consolida cada vez mais como a grande economia em ascensão do mundo, economistas apontam que muito em breve a China será a maior potência econômica do planeta. Diferentemente dos EUA, a China busca se apresentar como um país pacífico nas suas relações internacionais, apesar de enfrentar inúmeros desafios internos e protestos contra o atual modelo político que comanda o país, além dos abalos políticos causados por Hong Kong e Taiwan na busca por autonomia plena e independência respectivamente.
Essa estratégia tem rendido cada vez mais negócios com o mundo árabe, sobretudo com os países inimigos dos EUA. Por outro lado, os 18 anos de Guerra com o Iraque, o Bombardeio a Líbia em 2011 e a manutenção de dezenas de bases militares na região, faz com que os EUA sejam vistos como uma potência ameaçadora para muitos países.
Jimmy Carter ex-presidente dos EUA (1977-1981), afirmou certa vez em uma conferência: “Você tem medo que a China nos supere, e eu concordo com você. Mas você sabe por que a China nos superará? Eu normalizei relações diplomáticas com Pequim em 1979, desde essa data… você sabe quantas vezes a China entrou em guerra com alguém? Nem uma vez, enquanto nós estamos constantemente em guerra.”
Para além do comércio petrolífero, os países árabes têm firmado parcerias com o gigante asiático nas áreas de infraestrutura, ciência e tecnologia, transportes, além da ampliação das relações comerciais para inúmeros produtos. Com a reativação da rota da Seda a China pretende ampliar ainda mais sua presença comercial em diversos países, e os povos Árabes podem se beneficiar desse processo, na medida em que a China se apresenta como uma alternativa extremamente viável para países que sofrem com embargos econômicos como o Irã, ou mesmo no futuro para países que precisarão ser reconstruídos por conta da guerra, como Líbia e Síria.
Professor Jorman Santos(@professorjorman)