A Caatinga é um dos biomas mais importantes do Brasil. Por isso, é constantemente cobrado em vestibulares, assim como no ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio. Também pode haver questões sobre o tema em concursos relacionados à área ambiental.
De forma resumida, Caatinga consiste em um bioma de clima semi-árido, com a maior biodiversidade do mundo em comparação com outros locais com o mesmo clima.
Que tal conhecer mais detalhes sobre o assunto para fortalecer seus estudos em geografia?
Existem mais de mil espécies da flora e mais de 300 da fauna encontrados somente na Caatinga, segundo o IBGE.
A Caatinga ocupa 11% do território nacional sendo que 70% do seu território fica localizado no nordeste brasileiro. A Caatinga pode ser encontrada em 9 Estados Minas Gerais, Sergipe, Maranhão, Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Piauí e Pernambuco.
Pra você ter uma idéia pelo menos 27 milhões de pessoas moram na região da Caatinga.
Como falamos acima, o clima da Caatinga é o semiárido e fica longos períodos sem chuva. Além disso, a região é conhecida por ter altas temperaturas o que acaba caracterizando um clima quente e seco em boa parte do ano.
O regime hídrico da região também acompanha o clima e por isso a maior parte dos rios da região da Caatinga são intermitentes ou temporários.
Ou seja, eles aparecem nos períodos chuvosos e desaparecem nos períodos de seca.
Por sua vez, a vegetação da Caatinga é em sua maioria Xerófita, que são plantas que se adaptam ao clima seco e a aridez do solo.
Assim como, as árvores de maior porte atingem os corpos hídricos subterrâneos. Já as árvores de menor porte, são encontradas em solos rasos e mais secos.
O problema da seca na região acontece devido problemas naturais e sociais também.
Existe uma alta pressão atmosférica sobre a região que possuem correntes de ar que transferem para latitudes maiores. Além disso, frentes polares chegam a região com menor força e isso corrobora para não entrada de umidade na região. Podendo variar de acordo com a época do ano.
A região sofre com a concentração fundiária e isso torna-se centro de disputas políticas. Por isso, existe o termo “Indústria da Seca” que é quando a elite local e os empresários lucram com a seca.
Eles mantêm a política do coronelismo, desviando as verbas para locais de interesses pessoais e políticos, geralmente onde ganham mais votos.
Portanto, além das causas naturais da região o povo sofre com os problemas sociais que acabam gerando:
Algumas medidas foram tomadas para combater e amenizar o problema da região. Uma dessas medidas foi o programa Fome Zero, que ampliou a distribuição de cisternas, para que o povo tenha melhor acesso a água.
Outra prática usada na região é a construção de poços artesianos, porém a construção do mesmo deve passar pelo crivo de um especialista.
Outra medida bastante conhecida foi a transposição de água do Rio São Francisco que teve parte de seu curso, direcionado para locais do interior da Caatinga.
Dentre as principais atividades socioeconômicas da região, destaca-se a agropecuária. Com as práticas da pecuária extensiva, que é quando o gado é criado solto, além da agricultura de subsistência e a agricultura comercial.
Dentre os tipos de agricultura os principais são a de sequeiro e a irrigada. E delas são produzidas Cana de açúcar, algodão, milho, fruticulturas, hortaliças, grãos, entre outros.
O Extrativismo também é bem explorado na região e fornece matéria prima para indústrias dos ramos de cosméticos, alimentícios e farmacêuticos.
Assim como outros biomas brasileiros a Caatinga também sofre com problemas ambientais. Dentre eles estão o desmatamento e as queimadas, ambos os processos contribuem para a desertificação do solo, agravando o problema da seca e da miséria.
Esse é um tema relevante e que não pode ficar de fora de seus estudos.
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